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Desenvolvimento da fé messiânica na Igreja Mato Grosso contou com intensa dedicação de migrantes

Desenvolvimento da fé messiânica na Igreja Mato Grosso contou com intensa dedicação de migrantes

Data: 06/01/2022
Por: Tais Marie Ueta
Editoria: Notícias

Na tarde do dia 8 de dezembro, o presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, reverendo Marco Antônio Baptista Resende, chegou a Cuiabá, sede da Igreja Mato Grosso como ponto de partida para a viagem missionária naquele estado. A data em si já é um indicativo importante – feriado do Dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da cidade.

Ao chegar à unidade religiosa, o sacerdote e sua comitiva, composta pelo responsável regional, reverendo Sandro Vieira Nunes, e o gestor administrativo da Região, ministro Emanuel Amaral, foram recebidos pelas crianças do Movimento Johvem e pelo Coral Mokiti Okada.

Durante o culto vesperal, as orações foram oficiadas pelo ministro responsável, Sílvio Portela Costa, e o missionário Ediney Domingues Barros fez a locução.

Em sua saudação, o presidente evidenciou a importância do espírito missionário na construção do Paraíso Terrestre e o empenho em prol da salvação da humanidade. "Nesse processo de encaminhamento, a timidez é uma característica natural – o próprio Meishu-Sama era tímido. O trabalho e o empenho vão nos polindo. Ao mesmo tempo em que demonstrava essa característica, ele tinha a ambição grandiosa de construir o Paraíso Terrestre", observou o presidente.

Confluência da Luz Divina no Centro Geodésico da América do Sul

Considerada como Centro Geodésico da América do Sul [ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico], a capital mato-grossense testemunhou o espírito pioneiro de Maria Sebastiana de Barros Taques, que, cursando mestrado em Belo Horizonte (MG), é outorgada na capital mineira, com sua mãe, Clotilde de Barros Taques, em maio de 1978. Em seguida, ambas retornam a Cuiabá, onde residem. Assim, Maria Sebastiana e Clotilde iniciam a ministração de Johrei a familiares, amigos e vizinhos, formando um grupo de frequentadores assíduos em sua residência. Graças à Providência Divina, foram para Cuiabá membros provenientes de diversos estados. Esses membros traziam o pioneirismo de seus locais de origem com um único objetivo: expandir a Luz de Meishu-Sama. O que se destaca nesse início é o grupo, em sua maioria, ser formado por jovens entre 20 e 30 anos.

O primeiro depoimento do dia foi o da professora de Ikebana Sanguetsu e instrutora de Ensino Religioso, Sueli Lopes de Freitas, membro desde 1968. "Eu me sinto privilegiada por vivenciar o pioneirismo em duas cidades, Presidente Prudente e Cuiabá, o que me fortaleceu espiritual e materialmente, e me deu condições de enfrentar os desafios da vida com base nas práticas messiânicas. Eu, com 20 anos, e meu marido, Oséas de Freitas Júnior, com 22, ao chegarmos a Cuiabá em 1977, fizemos parte do grupo missionário que semeou a Luz Divina", explicou. Um desses desafios foi o falecimento repentino de Oséas, que a deixou com três filhos pequenos. "Minha vida é repleta de milagres. A força espiritual fez com que pudesse seguir em frente como a única provedora do lar, trabalhando fora com três filhos para criar", prosseguiu.

O empenho máximo dos dedicantes resultou em gratidão das pessoas que puderam conhecer os milagres do Johrei. Outra instrutora de Ensino Religioso e professora de Ikebana Sanguetsu, Conceição Correa Costa Itacaramby (membro desde 1981), agradeceu o esforço e carinho de uma das pioneiras. "A senhora Nilda Maria Campos de Campos dedicou especial atenção à minha família: primeiro, na purificação de minha cunhada, que sofria de epilepsia e tomava medicamentos controlados há cinco anos e se recuperou com três meses de Johrei. Ficamos abismados com a graça e, principalmente, com a rapidez com que isso ocorreu. Nilda Maria também acompanhou minha filha Carmen Rosa, na época, com dois anos. Ela sofria de forte bronquite asmática e, em um mês, melhorou a ponto de nunca mais ter crises", pontuou.

O fortalecimento espiritual foi o divisor de águas da vida da ministra Adejaíra Leite da Silva após seu encontro com o Johrei e com Meishu-Sama. Membro desde 1982, ela assim relatou sua preparação para receber o Ohikari (Medalha da Luz Divina): "(...) Com a melhora dos problemas espirituais, oramos e pedimos permissão a Deus e Meishu-Sama para ofertar o donativo de gratidão, pois não tínhamos condições. Inesperadamente, meu então esposo foi solicitado para realizar um trabalho artesanal. Desse serviço, conseguimos oferecer um valor inimaginável em relação aos nossos ganhos mensais: 100% do valor bruto auferido. A partir desse donativo, obtive um grande aprendizado para o resto da minha vida. Então, tudo mudou, e nós dois passamos em concurso público federal", contou. A partir do ingresso na vida missionária, Adejaíra se empenhou na expansão da Obra Divina em dez municípios de Mato Grosso, conciliando a dedicação com as atividades profissionais.

A ministra e coordenadora de Ensino Religioso, Luzia Takaco Ueta, selecionou duas experiências ao longo de cinquenta e um anos de membro. "Encaminhei um amigo do trabalho à fé messiânica que estava sofrendo com a filha de três anos com problemas espirituais. Após o recebimento assíduo de Johrei, ela obteve uma melhora considerável. Posteriormente, esse amigo e a esposa iniciaram difusão em Terra Nova do Norte (750km de Cuiabá), conduzindo 65 pessoas à Obra Divina em cinco anos", rememorou. Outra experiência foi com o cunhado Paulo Yamamoto, que purificava com furúnculo no pescoço. "Era do tamanho de uma laranja grande, com dores incômodas e terríveis, impossibilitando o trabalho por um mês e, consequentemente, ocasionando a preocupação com as despesas do lar e de sua oficina. Após quatro semanas praticamente ininterruptas de Johrei, o furúnculo se rompeu e, ao retornar ao trabalho, obteve outra graça, fez o 'joguinho costumeiro' na loteria, e ganhou um prêmio equivalia à renda de um mês de trabalho", comentou

Em meio a essa recepção calorosa e impulsionada pelas experiências vivenciadas e narradas, a comitiva seguiu de Cuiabá para outras três unidades religiosas no estado - Sinop, Juína e Tangará da Serra -, em uma jornada repleta de espírito pioneiro que perpassa por todos os cantos do Brasil.