Ensinamento Diário

DEVEMOS OU NÃO FAZER DÍVIDAS

Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário

  

(...). Falando sobre as dívidas de uma maneira simples, existem as ativas e as passivas. A dívida ativa é aquela que se faz para começar um empreendimento, já se calculando que uma quantia X vai dar um lucro Y, isto é, faz-se o cálculo de modo que fique um valor condizente depois de descontados os juros da dívida. (...).

Todavia, no caso das dívidas passivas, elas são feitas porque a despesa é maior do que a receita e, por isso mesmo, falta dinheiro. Dessa forma, é comum a pessoa fazer dívidas por não ter uma alternativa. E, quando estas começam a pressioná-la cada vez mais, não tem tranquilidade para pensar no futuro. Diante dessa situação difícil, ela sente a premente necessidade de livrar-se dos compromissos urgentes e, por esse motivo, não leva mais em conta o valor dos juros, sejam estes altos ou não. O que importa é conseguir o empréstimo. (...). Podemos dizer que, entre dez pessoas nessa difícil situação, oito ou nove estão a um passo do abismo.

(...). Agora, gostaria de cogitar sobre a não realização de empréstimo. Abrir mão de empréstimos significa começar o empreendimento com o capital que se possui no momento. Por conseguinte, não há outro jeito senão este constituir, realmente, um empreendimento de pequeno porte. Suponhamos, por exemplo, que uma pessoa tenha um capital de cem mil ienes. Inicialmente, emprega metade ou um terço desse capital para começar o negócio. Como o restante fica reservado, é possível que o negócio progrida lentamente. Além disso, esses cem mil ienes têm que ser fruto do próprio esforço, acumulados sem a ajuda de terceiros. Por ser dessa forma, pode-se dizer que esse dinheiro é como se fizesse parte da própria pessoa e, por essa razão, tem muita vibração. Outrossim, o negócio deve ser iniciado da forma mais modesta possível. (...). Eu intuí que, praticando fielmente esse princípio, certamente obter-se-á grande sucesso. E decidi que qualquer que fosse o empreendimento, iniciaria sempre da menor escala possível.

No entanto, as pessoas, na maioria, tentam, desde o início, realizar seus empreendimentos de forma demasiadamente grande e chamativa. Quando as observamos bem, vemos que a maioria acaba fracassando. (...). Vemos frequentemente exemplos de pessoas que começam negócios em grande escala e só depois do fracasso é que, não tendo alternativa, se organizam, economizam e começam tudo de novo, agora de maneira mais modesta. (...).

Diante de dificuldades financeiras, o maior erro é fazer dívidas para saldar outras. (...).

Escrevi sobre a verdade de que não se devem contrair dívidas e que tudo deve ser iniciado de forma modesta. Façam disso um lema a ser seguido. Contudo, a dívida é admissível em caráter excepcional, quando existir a absoluta certeza de saldá-la em curto prazo. Esta é a filosofia sobre as dívidas que eu preconizo.

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 4 (trechos)