Ensinamento Diário

O BEM E O MAL

Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário

  

O mundo apresenta diversos aspectos, em que o bem e o mal estão mesclados. Tragédia e comédia, infelicidade e felicidade, guerra e paz, tudo é motivado por um ou por outro. Por que existem pessoas boas e pessoas más? Creio que, via de regra, as pessoas já chegaram a pensar que deve haver uma causa determinante do bem e do mal. O que passo a explicar é a causa do bem e do mal, e é imprescindível que todos a conheçam.

O ser humano em geral, obviamente, deseja ser do bem e tem aversão a ser do mal. Com raras exceções, tanto o governo como a sociedade ou a família amam o bem, porque sabem que do mal não nascem a paz nem a felicidade. Para facilitar a compreensão de todos, dividirei a definição do bem e do mal em duas partes: 1) “Homem bom é aquele que crê no invisível” e 2) “Homem mau é aquele que não crê no invisível.” Aquele que crê no invisível, crê na existência de Deus e é espiritualista. Aquele que não crê no invisível, é materialista e ateu. Exemplifiquemos. Quando alguém pratica o bem, essa intenção parte do amor, da compaixão ou do senso de justiça social, isto é, em termos mais amplos, do amor à humanidade. Há pessoas que praticam o bem por saberem que a boa ação produz bom fruto, e a má ação, mau fruto. (...).

Os praticantes do mal negam absolutamente a existência de Deus e não se importam em realizar más ações em seu proveito, desde que não sejam descobertos. (...). Assim sendo, praticam fraudes como ações perfeitamente normais, fazendo o próximo sofrer, não importando se isso causa infortúnios à sociedade humana. E chegam ao cúmulo da prática do homicídio. (...). O mal surge, ainda, do pensamento de que, após a morte, o ser humano retorna ao Nada e que não existe vida no Mundo Espiritual.

Embora a sorte favoreça o homem mau e este tenha êxito durante algum tempo, a realidade nos mostra, sem exceção, que, a longo prazo, ele está fadado à ruína. Isso porque, aquele que comete delitos vive inquieto e atormentado pelo receio de ser preso. (...). Ao praticar o mal, mesmo que consiga enganar os outros, a pessoa não pode enganar a si mesma. Já que o ser humano está ligado a Deus por meio do elo espiritual, todos os atos humanos são do conhecimento Divino. (...).

Existem também pessoas que não praticam más ações, entre outros motivos, para se resguardarem, pois, apesar de pretenderem o mal, temem o descrédito da sociedade; muitas vezes, falta-lhes coragem, apesar de desejarem seus proveitos. Por outro lado, muitos praticam o bem por conveniência, sabendo que as boas ações conquistam a confiança e são compensadoras; ou melhor, praticam o bem na esperança de retribuição. Isso não passa de uma negociação, pois eles vendem favores para comprar gratidão. (...). Na verdade, tal "indivíduo bom", quando analisado a fundo, é daqueles que não crê no invisível e pode ser considerado perigoso, pois é capaz de cometer o mal quando, por algum motivo, achar que isso passará despercebido de todos. (...). Por essa razão, ter fé, isto é, crer no invisível, é o atributo essencial do autêntico homem de bem. Estou convencido de que nada, além da fé, é capaz de salvar a situação atual de excessiva degradação dos preceitos morais. (...).

Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 1 (trechos)