Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário
[...] Desde épocas remotas, fala-se em pessoas que ocasionalmente veem fantasmas; na maioria dos casos, entretanto, trata-se de espíritos que desencarnaram há pouco tempo. O grau de densidade das células espirituais dos recém-falecidos é elevado, razão pela qual esses espíritos podem ser vistos por algumas pessoas. Portanto, nada há de estranho no fato de muitos terem visto a ressurreição e a ascensão de Jesus Cristo. Como o espírito de Jesus era elevado, ascendeu ao Céu. Com o passar do tempo, o espírito desencarnado vai-se purificando e se tornando cada vez mais rarefeito e, assim, mais difícil de ser visto.
Um fantasma pode entrar e sair livremente até mesmo por um orifício do tamanho do buraco de uma agulha, pois não tem o corpo carnal que lhe estorve a passagem. Se observarem apenas esses pontos, muitos poderão pensar que o Mundo Espiritual seja o lugar ideal para quem ama a liberdade, mas não é bem assim. Nele, existem leis severas que restringem a liberdade.
Agora, falarei rapidamente sobre a expressão facial dos espíritos. A fisionomia que vemos em algumas pinturas representa o instante da morte da pessoa. Com o decorrer do tempo, sua expressão vai mudando lentamente, amoldando-se de acordo com o [pensamento] sonen do falecido. Por exemplo, os apáticos, os pessimistas e os solitários apresentam um aspecto triste, franzino, desolado e arredio; os possuidores de sonen cruel e desumano tomam a aparência semelhante a um ogro; os de sonen demoníaco ficam com a expressão facial diabólica; os de sonen sórdido têm feições repugnantes, e os de bom coração adquirem uma expressão bondosa e bela. No mundo em que vivemos, é possível camuflar o sonen, usando a "casca" chamada corpo físico, mas no Mundo Espiritual tudo se mostra exatamente como é. A mudança da expressão facial ocorre, geralmente, em até um ano após a morte.
No livro de autoria de um renomado religioso, estava escrito: "Quando o ser humano morre, seu espírito se extingue. Não existe a continuidade do espírito nem tampouco o Mundo Espiritual. A razão para isso é que, se existisse, ele já estaria repleto, pois o número de pessoas que morreram, desde os tempos antigos, atinge vários bilhões." Esse autor, apesar de ser um expoente do budismo, desconhece o livre poder de expansão e de contração do espírito.
Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 3 (trechos)