Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário
[...] Ontem, fui visitado por uma pessoa que eu não via há cerca de um ano. Apesar disso, anteontem, sua imagem veio à minha cabeça, e pensei: "Como ela estará passando?" No dia seguinte, como ela veio me visitar, eu disse para mim mesmo: "Ah, o espírito dela veio antes!" [...]
É como se você pensasse em alguém e ele aparecesse. Em suma, isso é o elo espiritual, que, neste caso, é o fio condutor do sonen. É muito interessante interpretar as questões amorosas por meio da atuação dos elos espirituais. Todavia, no momento, meu objetivo não são as questões amorosas. O assunto se tornará mais claro para os senhores se ingressarem na nossa fé. O amor é muito bom, mas as paixões desregradas quase sempre acabam em tragédia.
A melhor maneira de compreender tudo isso é conhecer o lado espiritual e a existência dos elos espirituais. Isso merece toda a nossa atenção, pois tem relação com vários problemas e situações da sociedade. [...] Se compreendermos isso, será possível eliminar grande parte das tragédias e dos males sociais, mas vamos deixar este assunto por aqui.
Conforme eu estava dizendo há pouco, a questão é o espírito. No momento em que as nuvens espirituais começarem a ser purificadas para corresponderem à claridade, se isso se restringir a doenças, ainda estará bom. Caso contrário, se esse processo se intensificar, dentre outras coisas, as pessoas não resistirão e acabarão morrendo. O fato de a doença vir aos poucos é bom. Se viesse de uma só vez, seria fatal. O Juízo Final é isso.
Por essa razão, pouco a pouco, o Mundo Espiritual vem clareando. Se ocorresse de uma só vez, as criaturas perderiam suas vidas. Haveria mortes em massa. Deus quer evitá-las e, por conseguinte, manda avisos. É vontade dEle que a humanidade seja avisada e salva. E Ele me ordenou que fizesse isso. E é o que estou realizando.
Buda Sakyamuni e Jesus Cristo fizeram profecias como "a chegada do Reino dos Céus", a vinda de um mundo melhor. Eles foram os profetas, e eu sou o realizador. Deus me ordenou que eu realizasse essa profecia, ou seja, que eu construísse o Paraíso Terrestre, isento de doença, pobreza e conflito.
Entretanto, eu não preciso empreender qualquer esforço, pois não sou eu que faço, é Deus que providencia tudo. Cabe a mim realizar as coisas que se mostram à minha frente. Isso é muito fácil, mas exige uma enorme responsabilidade. Provavelmente, em toda a história da humanidade, não houve ninguém incumbido de uma missão maior que a minha.
Dessa maneira, as profecias de Jesus Cristo e Buda Sakyamuni começam a fazer sentido; se elas não tivessem possibilidade de ser concretizadas, seriam falsas. E falsas profecias significam mentiras.
Contudo, seria impossível pessoas tão magníficas terem mentido. Por conseguinte, mais cedo ou mais tarde, era preciso que alguém tornasse tais profecias realidade, e o incumbido foi eu. De fato, é complicado falar sobre um empreendimento de tamanha grandeza. Não me referi, até hoje, ao assunto justamente por ser extremamente delicado falar sobre algo tão ousado.
Todavia, a época em que a Era da Noite se transforma em Era do Dia, se aproxima cada vez mais. Por essa razão, para salvar as pessoas, é preciso que o maior número delas tome conhecimento disso, o quanto antes. Assim sendo, hoje é a primeira vez que falo diante de um público tão numeroso.
Isso se assemelha ao episódio do Dilúvio [...]. Havia um homem chamado Noé, que recebeu o seguinte aviso de Deus: "Virá um grande dilúvio em breve que atingirá uma grande parte da humanidade. Salve o máximo de pessoas que puder." Assim, Noé fez um grande alarde, mas quase ninguém acreditou em suas palavras. Somente sete pessoas as aceitaram como verdadeiras. Somadas a ele, totalizaram oito pessoas que acreditaram.
Quando pensou no que fazer, Deus ordenou: "Construa uma arca!" A arca de Noé tinha o formato de uma noz. Ela tinha esse formato, pois na hora do dilúvio, animais ferozes e grandes cobras iriam subir no barco. E, para se proteger desse perigo, a arca foi feita assim.
Depois de algum tempo, começou a chover. Há duas versões a respeito: uma diz que choveu durante quarenta dias seguidos; outra, que foram cem dias. Fossem quarenta ou cem, o que interessa é que choveu durante vários dias consecutivos. A água foi subindo cada vez mais até transformar-se em dilúvio. Salvaram-se apenas os que estavam na arca.
Aqueles que se encontravam em barcos comuns ou que escalaram as montanhas, acabaram perecendo; estes últimos, devorados pelos animais ferozes. Somente oito pessoas se salvaram, e dizem que os representantes da raça branca são seus descendentes. Em linhas gerais, acredito que essa história não é errada. [...]
Segundo o livro do Apocalipse e outros textos, João Batista faria o batismo pela água e Jesus Cristo, o batismo pelo fogo. O batismo pela água já se deu através do Dilúvio. Agora, está para vir o batismo pelo fogo, um extraordinário acontecimento que tem muitos outros sentidos. Entretanto, como o meu tempo já está se esgotando, vou parar por aqui.
Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 1 [trechos]