Ensinamento Diário

NASCIMENTO DA IGREJA MESSIÂNICA MUNDIAL

Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário

  

Por que foi criada a nossa Igreja?

Quando examinarem a cultura moderna, que há milhares de anos a humanidade vem edificando com incansável esforço e dedicação, todos ficam encantados ante o seu aspecto esplendoroso e seu incrível progresso aparente. É desnecessário dizer que os homens da atualidade louvam e tecem os maiores elogios a essa cultura.

Entretanto, ao observarmos o outro lado, isto é, o seu conteúdo, deparamo-nos com algo inesperado: ele é exatamente o contrário da parte exterior. O que se opõe a esta é, naturalmente, o campo espiritual, em que não vê nenhum progresso, podendo-se até pensar que os homens da antiguidade eram melhores. No presente, se pesássemos em uma balança o bem e o mal que existe no coração dos seres humanos, veríamos que, infelizmente, o mal tem muito mais peso.

A influência maléfica que tal realidade exerce sobre a sociedade humana é muito maior do que poderíamos imaginar. Isso se torna bem claro ao constatarmos que a guerra – o maior dos sofrimentos humanos – a doença, a pobreza, o crime, as calamidades naturais, enfim, todas as ocorrências desagradáveis, ao invés de diminuírem, tendem a aumentar.

Assim, é estranho que a cultura espiritual não acompanhe o progresso da cultura material e as pessoas não manifestem nenhum questionamento a respeito; pelo contrário, vão se deixando inebriar pela cultura material, incrementando-a cada vez mais.

Por que será que os religiosos, os cientistas, os políticos e o grande número de intelectuais, em todos os países, não despertam para essa realidade? Dentre eles, talvez haja algumas exceções, mas tais pessoas nada fazem, pois, não conhecendo os fundamentos da questão, consideram o fato inevitável. Parece que elas estão resignadas, acreditando que se trate de uma condição inata da humanidade.

O principal desejo do homem é ser feliz, e ele veio empregando toda a sua inteligência, utilizando-se dos mais diversos meios para concretizá-lo. Sem dúvida, esse desejo se tornou uma utopia, a aspiração de um mundo ideal. Nesse sentido, inicialmente, a humanidade procurou apoio na Religião.

Como a possibilidade de atingir seu objetivo unicamente pela Religião tornava-se pequena, procurou alcançá-lo mediante a Educação, a Moral, a Filosofia e outros meios surgidos na China e no Ocidente a partir da Idade Média. Na China, apareceram sábios como Confúcio, Meng-tzu e Zhu-Xi; no Ocidente, educadores e filósofos como Sócrates, Kant, Hegel e outros. Logicamente, a humanidade depositou suas esperanças nesses meios.

A partir do século XVII, porém, começou a se destacar no Ocidente, a ciência materialista, e reformas gradativas foram ocorrendo em todos os setores. O desenvolvimento da civilização mecânica deu origem à Revolução Industrial, e o mundo inteiro ficou encantado com a Ciência.

Assim, ao invés de continuar seguindo caminhos longos e tortuosos como os da Religião e da Moral, considerou-se que, para aumentar a felicidade do ser humano e construir o mundo ideal, não havia meio mais eficiente que a cultura científica - visível, palpável e comprovável, o que é compreensível.

Além do mais, constatando que, quanto mais adiantada é a cultura de um país, mais rico e próspero ele é; mais armamentos esse país possui, mais abençoada é a vida de sua população, mais ele é respeitado pelo mundo, chegando seu poder a influenciar as nações vizinhas, os países, disputando entre si, procuraram imitá-lo.

Por esse motivo, a cultura científica foi evidenciando um rápido progresso, até chegar ao estágio atual. Uma vez que a humanidade se deslumbrou demasiadamente com ela, depositando-lhe excessiva confiança, seu lado espiritual acabou enfraquecendo, e seus preceitos morais decaíram. Assim, buscando apenas as coisas visíveis, os seres humanos, inconscientemente, acabaram por se tornar escravos da Ciência. Aqueles que, na verdade, deveriam dominá-la, passaram a ser controlados por ela. É o que se percebe atualmente. Por esse motivo, podemos dizer que estamos em um beco sem saída, a um passo da catástrofe mundial, e que o futuro da humanidade corre um sério perigo. [...]

Meishu-Sama - Luz do Oriente, vol. 1 [trechos]