Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário
[...] O verdadeiro bem é aquele que consegue ser mais forte do que o mal. Pelo fato de as pessoas boas perderem para as más é que estas se vangloriam, constituindo a maior causa de não se conseguir exterminar o mal social completamente. Neste caso, a maioria pertence à classe acima da média. Portanto, trata-se de criminosos intelectuais.
No caso de a pessoa boa ser atormentada pela pessoa malévola, a primeira conhece seu direito de processar ou de confrontar a segunda. Temendo represálias e as despesas processuais caso recorresse à justiça, depois de ponderar a respeito, acha que dá muito trabalho e acaba desistindo.
Geralmente, sou processado porque acham que, por ser um homem de bem, eu me resignaria sem maior resistência e com certa facilidade. Todavia, conforme disse há pouco, baseado no meu princípio de lutar até o fim e sair vitorioso, sem deixar que os maus vençam, na maioria das vezes, o desfecho da ação judicial é muito demorado. Até hoje, o processo mais longo já dura onze anos.
Também o fato da não extinção dos "chefões" e dos escândalos dos funcionários do alto escalão do governo constituem realidades de que todos têm conhecimento.
Expus vários exemplos, mas em resumo, a causa do mal social está na fragilidade das pessoas de bem. Assim sendo, os bons, que são fracos, não são verdadeiramente bons. Na realidade, não têm coragem: trata-se de indivíduos bons, mas passivos, ou seja, não se insurgem contra os maus.
Embora aumente o número de pessoas boas dessa natureza, talvez elas o sejam por não terem coragem de praticar o mal. Logo, não passam de um tipo de covarde que permite o alastramento do mal, desejando apenas a própria segurança.
Se os maus chegassem a se convencer que jamais conseguiriam derrotar os bons, por serem estes muito fortes, e permanecessem maus, seus esforços seriam vãos. A melhor forma seria deixar de ser malévolos e passar a fazer parte do grupo dos bons. Assim, certamente o mal social decresceria, e teríamos um mundo mais agradável e feliz de se viver.
Esta teoria de nada adiantará se o esforço se limitar a um indivíduo. Então, qual seria o procedimento correto? O recurso seria fundar, primeiramente, uma sólida associação de pessoas de bem, denominando-a "Associação pela Extinção do Mal". Sugiro planos desse tipo por considerá-los excelentes medidas para a reforma social.
Meishu-Sama - Alicerce do Paraíso, vol. 5