Ensinamento Diário

POEMA 13

Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário

  

POEMA 13
Aproxima-se a grande transição
da história da humanidade.
Abram os olhos e vejam a situação
do mundo atual.


(...) A felicidade e até o mundo ideal, que eram a aspiração inicial da humanidade, foram esquecidos, não se sabe quando, tendo-se chegado a um momento em que não se vai nem para frente, nem para trás. Desse modo, quanto mais a cultura progride, mais o ser humano se distancia da felicidade. É um resultado extremamente irônico. Parece uma gangorra: quando um dos lados sobe, o outro desce.

Falando em termos mais simples, inicialmente tentou-se construir o Paraíso Terrestre com a cultura espiritual; mas, já que sua concretização parecia impossível, apelou-se para a cultura científica. Avançou-se com força total. Não obstante, conforme foi exposto anteriormente, ao invés de se alcançar o Paraíso, chegou-se a um estado pior que o
do próprio inferno: a iminência da destruição da humanidade, com a invenção da bomba atômica.

O fato, porém, é que, mesmo tendo chegado a uma época tão perigosa como a atual, o ser humano ainda não despertou, continuando a venerar a ciência materialista.

Em poucas palavras, ele fracassou recorrendo à cultura espiritual e também à cultura material.

Levando em consideração o fato lastimável de que ele ainda não aprendeu a lição, o que deve ser feito? Esta precisa ser a grande tarefa da humanidade: reconhecer os erros cometidos até agora e recomeçar. Ou seja, a solução é formar uma nova e equilibrada cultura, que não pende nem para o espírito nem para a matéria, mas funde e iguala
ambas as partes. Somente assim estará concretizado o Paraíso Terrestre.

Por tudo o que vimos até agora, podemos dizer que a época atual é a época da mudança da velha para a nova cultura, a era da grande transição mundial à qual sempre nos referimos.

Será que, na história da humanidade, já foi registrada uma mudança tão grande? Em verdade, é um fato inédito.

Como será essa nova cultura que ocupará o lugar da antiga? Incontestavelmente, trata-se de algo que não pode ser compreendido pela inteligência do homem contemporâneo, ainda que em pequena parcela. E quem se encarregará de criá-la?

Nesse contexto, independentemente de crermos ou não, é imprescindível admitir a existência do ser conhecido como Deus. Por conseguinte, darei explicações a respeito.

Embora digamos simplesmente Deus, na verdade existem níveis – superior, médio e inferior – com inúmeras funções. O xintoísmo admite a existência de uma infinidade de deuses. Até hoje, quando se fala em Deus, pensa-se no monoteísmo cristão ou no politeísmo xintoísta. Entretanto, ambas as visões são parciais.

Na verdade, existe um único e verdadeiro Deus, que se subdivide, transformando-se em vários deuses. Por esse motivo, Ele é um e muitos ao mesmo tempo. Cheguei a essa conclusão após longos anos de pesquisas sobre o Mundo Divino. Trata-se de um pensamento que já existia, mas parece que não se conseguiu dar maiores explicações
a respeito. [...]

O objetivo de Deus é a construção do Mundo Ideal de perfeita Verdade, Bem e Belo e, para tanto, era necessário que todas as condições fossem preenchidas. Ele estava aguardando o tempo certo. Essa hora chegou: é a época atual. Sendo assim, é preciso, antes de mais nada, que a humanidade se conscientize disso e que se processe a revolução
espiritual de cada indivíduo. (...)

Por Meishu-Sama, em 20 de novembro de 1950
O Pão Nosso de Cada Dia, vol. 1 - poema 13 [trechos]