Ensinamento Diário

A CAUSA DA POBREZA

Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento Diário

  

O objetivo da nossa Igreja é construir um mundo isento de doença, pobreza e conflito. No que diz respeito à doença, penso já ter apresentado considerações e explicações a partir de diferentes ângulos.

Oportunamente deverei esclarecê-la do ponto de vista da medicina revelada por Deus, mas por ora vejamos as questões relacionadas à pobreza e ao conflito. Antes de mais nada, nem preciso dizer que a causa da pobreza, obviamente, é a falta de saúde. Contudo, existem outras causas importantes sobre as quais escreverei a seguir.

A causa da pobreza está na doença que, além de não permitir que a pessoa trabalhe, requer uma grande soma para despesas com tratamentos médicos. Se a doença durar pouco tempo, a situação ainda é suportável; mas, quando se prolonga, leva ao desemprego.

Assim, o infortúnio causado pela doença é acrescido das dificuldades financeiras, de modo que a pessoa, com a aflição duplicada, tem seu futuro envolto em nuvens escuras de insegurança, sem poder avançar ou recuar. Podemos dizer que esse é realmente um sofrimento típico das profundezas do inferno.

O mundo está repleto de criaturas infelizes que se encontram nessa situação. Ao conhecerem nossa religião, elas conseguem livrar-se imediatamente do tormento e, vislumbrando uma luz no fim do túnel, iniciam uma vida repleta de alegrias. Relatos dessa natureza podem ser vistos em grande quantidade nas experiências de fé que publicamos.

A maior parte dos casos de pobreza pode ser solucionada dessa forma. Aprofundando-me um pouco mais, abordarei outro aspecto importante.

Para que possam conhecer o segredo para a solução definitiva do problema da pobreza, relatarei minha experiência sobre o assunto.

Quando eu era jovem, apesar de não professar fé alguma, sempre tive o intenso desejo de melhorar a sociedade.

Achando que, para isso, não havia meio mais eficaz do que instituir uma empresa jornalística, fiz alguns estudos e fiquei sabendo que precisaria de mais ou menos um milhão de ienes. Ora, eu sou de família pobre e só pude me casar e ter uma família graças à pequena soma que herdei de meus pais.

Abri, então, uma loja de miudezas a varejo, cuja metragem frontal era de dois metros e setenta centímetros. Como os resultados de vendas foram bons, em pouco mais de um ano, comecei um comércio por atacado e, aproximadamente dez anos depois, eu era considerado bem-sucedido no mundo dos negócios. Por volta de 1919, meus bens somavam o equivalente a cento e cinquenta mil ienes.

Precipitando-me em conseguir logo a quantia necessária à abertura do jornal, quis dar um passo maior que a perna e acabei ficando com um enorme saldo negativo devido ao fracasso que tive no empreendimento.

Consequentemente, fui obrigado a desistir da ideia do jornal e recorrer à religião para confiar a Deus meus sofrimentos em decorrência das vultosas dívidas que se estenderam por aproximadamente vinte torturantes anos. No entanto, hoje vejo que tudo isso constituiu minha prática ascética. [...]

Por Meishu-Sama, em 30 de junho de 1949
Alicerce do Paraíso, vol. 4 [trechos]