Experiência de Fé do Mês

Sra. Maria Ester Rascalia - Igreja Campo Belo - novembro de 2019

Data: 02/11/2019
Por: Sra. Maria Ester Rascalia
Editoria: Experiência de Fé do Mês

Bom-dia a todos!

Sou membro da Igreja Messiânica há dois anos e meio e dedico no Johrei Center Moema, ligado à Igreja Campo Belo em São Paulo, capital.

Hoje gostaria de compartilhar como o servir à Obra Divina e o sufrágio aos antepassados mudaram meu destino e a herança espiritual da minha família.

Vivenciava um grave conflito com o meu único filho, atualmente com 24 anos de idade.

Eu era uma mãe ausente e de atitudes autoritárias. Como consequência, ele se tornou um jovem rebelde, e nosso relacionamento era terrível.

No final de 2015, arrumei um emprego em uma cidade que fica a 100 quilômetros de São Paulo.

Como não conseguia ir e voltar todos os dias, passei a ficar lá a semana inteira, retornando para casa apenas aos finais de semana.

Com pouco tempo no novo emprego, passei a ter intensos conflitos com o meu chefe, sentia-me fortemente pressionada, o que tornava o ambiente profissional insuportável.

Esse estado de coisas culminou com um colapso emocional e entrei em grave processo de depressão. Desenvolvi, concomitantemente, uma gastrite nervosa e colite, que causavam muitas dores, mal-estar e desarranjo intestinal.

Cheguei a ficar 40 dias com diarreia intensa. Nesse período, emagreci dez quilos.

Passei a tomar antidepressivos, que não faziam efeito nenhum. A situação de conflito com meu filho piorava a cada dia e nosso convívio era praticamente inexistente.

Eu entrava por uma porta às sextas feiras, e ele saía por outra.

Nos poucos momentos em que estávamos juntos, tínhamos brigas horríveis, havendo vezes em que cheguei a agredi-lo fisicamente.

Com isso, meu estado de saúde cada vez mais se agravava.

Eu fumava e tomava remédios fortíssimos para dormir e pegava estrada às segundas-feiras pela manhã para ir ao trabalho. Quase morri por três vezes, pois dormi ao volante.

Era um comportamento suicida inconsciente, pois a vida não tinha mais nenhum sentido para mim e eu não tinha vontade de viver.

Era muito difícil sair da cama por causa dos remédios. Um dia, caí no chão e tive que ir me apoiando na parede para conseguir me levantar.

Percebi que "estava no fundo do poço" e, pensando que o problema era somente físico, tomei a decisão de iniciar aulas de Pilates (exercícios específicos para fortalecimento muscular), achando que o motivo do tombo eram os músculos enfraquecidos.

Não conhecia a cidade e, no primeiro estúdio que vi, parei o carro e me matriculei. No dia e hora marcados para a primeira aula, eu estava lá, porém não tinha forças para fazer os exercícios e só chorava.

A professora, então, perguntou se eu queria receber uma oração. Ela era messiânica e me ministrou Johrei.

Tive uma sensação de amparo e tranquilidade e, naquela noite consegui dormir melhor.

Ela, então, encaminhou-me ao Johrei Center do bairro onde estava residindo. O ministro me atendeu e disse que eu precisava receber uma hora de Johrei por 30 dias.

Assim fiz e comecei a sentir algumas melhoras. O Johrei tirava aquela angústia horrível no peito, acalmava-me e, logo nas primeiras semanas, já consegui diminuir o remédio para dormir.

Como estava aos finais de semana em São Paulo, procurei uma unidade que abrisse aos domingos e foi assim que cheguei ao Johrei Center Moema.

Ao adentrar a unidade pela primeira vez, senti um vulto do meu lado. Comecei a receber Johrei e o vulto foi tomando forma.

Pude notar que ele vestia terno, usava chapéu e tinha bigode. Neste momento, senti muito forte a presença do meu avô paterno, que tinha as mesmas características.

Relatei o fato à missionária, que me explicou que meus antepassados precisavam de Luz e que, certamente, havia sido o meu avô que me guiara até ali.

Ressaltou a importância de cultuá-los e o quanto nossa dedicação e oração os fazem felizes e que a gratidão deles reverte-se em méritos para nós.

Ainda sentia os sintomas da depressão e continuei recebendo Johrei todos os dias.

Fui convidada para participar de uma dedicação no Solo Sagrado de Guarapiranga.

Ao iniciar a atividade, fui orientada a retirar as tiriricas (espécie de erva daninha) que havia nos canteiros.

Enquanto realizava a dedicação, mentalizava que estava eliminando minha tristeza e depressão, bem como convidava meus antepassados para dedicarem junto comigo.

Passei mal, tive tontura, tremores e chorava muito.

A ministra auxiliar do Johrei Center, que estava acompanhando a caravana durante a dedicação, me disse: "tome a decisão de ministrar Johrei, e comece a fazer para as pessoas o mesmo bem que o Johrei vem fazendo para você".

Respondi: "Ministra, a senhora não entende? Ainda estou muito debilitada fisicamente e não me sinto em condições de ajudar ninguém, uma vez que sou eu quem preciso de ajuda".

Ela me orientou: "Ester, levante a sua mão, pois é fazendo os outros felizes, que descobrimos a verdadeira felicidade".

Assim, ingressei nas aulas de Primeiras Noções Messiânicas e tive a permissão de receber o Ohikari (medalha da Luz Divina).

A partir de então, comecei a dedicar às sextas, sábados e domingos, quando estava em São Paulo e, às quartas-feiras, na cidade onde trabalhava.

Realizava com afinco as práticas básicas da fé messiânica, não faltava a nenhum culto, fazia donativo de gratidão, lia os ensinamentos de Meishu-Sama e a felicidade de levantar a mão e servir às outras pessoas aumentava a cada dia.

Fiz o Sorei Saishi (ofício religioso de assentamento e sagração aos ancestrais e antepassados), e passei a cultuar, dentre outros antepassados, o espírito de meu avô paterno.

Minha melhora foi gradativa: parei de tomar o remédio para dormir, fui diminuindo a dosagem do antidepressivo e sarei totalmente da gastrite e da colite.

Fui construindo o Paraíso dentro de mim e, por meio das práticas básicas, participando da construção do Paraíso na Terra. Sessenta dias após receber o Ohikari, larguei completamente o cigarro e os antidepressivos.

Em casa, tornei-me mais tolerante, humilde, e parei de ter atitudes autoritárias com o meu filho. Deixei de reclamar de suas atitudes e, ao invés de criticar as falhas, passei a elogiar suas qualidades.

Ao mesmo tempo, comecei a servi-lo com amor e sinceridade, preparando pessoalmente as coisas para ele, o que, antes, era a nossa funcionária que fazia.

Com isso, pouco a pouco, fui conquistando sua confiança e respeito, e nossa relação foi-se transformando.

Notando minha profunda mudança de comportamento, meu filho começou a se interessar pela religião messiânica.

Eu ministrava-lhe Johrei ocasionalmente, mas sinto que foi a mudança de atitude que despertou nele a vontade de ir à igreja para assistir a um culto mensal de gratidão comigo.

Ele começou a frequentar o Johrei Center semanalmente e, em poucos meses, tornou-se messiânico.

Hoje, ele serve devotadamente, estuda os Ensinamentos, lê as reminiscências de Meishu-Sama em voz alta para mim e faz questão de pôr em prática em nosso lar o que aprende com o nosso Mestre.

Atualmente, dedicamos juntos na assistência religiosa e na recepção dos cultos.

O terrível conflito deu lugar a uma relação amorosa, e hoje vivemos em um verdadeiro Lar de Luz.

Dedicando intensamente, os milagres em nossa vida são inúmeros.

Meu filho conseguiu um emprego e foi promovido com apenas três meses na empresa.

Eu saí do antigo emprego, retornei a São Paulo e, atualmente, realizo serviços como consultora financeira autônoma, e os trabalhos não param de aparecer.

Com uma carga horária bem menor e mais flexível, tenho mais tempo para dedicar e servir à Obra Divina.

Não tenho palavras para agradecer a permissão de ter conhecido Meishu-Sama e a Igreja Messiânica.

Pude comprovar que, colocando os Ensinamentos de Meishu-Sama em prática e fazendo feliz o nosso semelhante, conquistamos a verdadeira felicidade.

Por meio do servir sincero visando à salvação da humanidade, tive a permissão de transformar completamente o meu destino e de constituir uma herança espiritual positiva para o meu filho e nossas gerações futuras.

Agradeço, de igual modo, aos meus antepassados, que me conduziram à Obra Divina, aos ministros e missionários, que me apoiaram, e ao meu filho por ser um parceiro na vida e na fé.

Comprometo-me a servir incansavelmente pela salvação da humanidade e na concretização do Paraíso na vida de muitas pessoas, assim como tive a imensa felicidade de concretizar na minha.

Muito obrigada.

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=1097