Experiência de Fé do Mês

Sr. Alessandro Domingues - Igreja Mato Grosso - março de 2020

Data: 01/03/2020
Por: Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Editoria: Experiência de Fé do Mês

Bom-dia a todos!

Tenho 37 anos e atualmente dedico como assistente de ministro no Johrei Center Juína, ligado à Igreja Mato Grosso, Estado do Mato Grosso.

Gostaria de compartilhar como o acompanhamento e o encaminhamento de pessoas, aliados às práticas básicas da fé messiânica, propiciaram a grande mudança em meu destino.

Em 1999, ainda na adolescência, comecei a sentir dores intensas no corpo, mas só em 2009 os sintomas se tornaram mais expressivos, e fui diagnosticado com espondilite anquilosante.

Trata-se de uma doença crônica, evolutiva, degenerativa e sem cura na atualidade. Ela causa desgaste nas cartilagens e calcificação na coluna e articulações, o que resulta em muitas dores.

Mesmo tomando as medicações, o quadro se agravou. Fui perdendo o movimento das pernas, a musculatura do corpo atrofiou, as articulações enrijeceram-se e fiquei com os movimentos limitados.

Já não conseguia mais andar sem o auxílio de muletas e cheguei a perder 33 quilos.

Segundo os médicos, eu precisaria tomar remédios de maneira contínua e me acostumar com uma vida limitada, no tocante aos movimentos, e com as dores, que são intensas até mesmo quando se está repousando.

Já que não podia trabalhar, precisava pedir afastamento do serviço repetidas vezes e, por fim, consegui a aposentadoria.

Muitos de meus familiares sofreram com problemas articulares, inclusive meu pai, que já se encontra no mundo espiritual, padeceu durante muitos anos de sintomas semelhantes aos meus.

Quando cheguei à Igreja Messiânica em 2011, por intermédio de uma irmã que já era membro, eu utilizava cinco tipos de medicamentos e mal podia fazer reverência diante do altar, pois as colunas cervical, torácica e lombar estavam calcificadas.

Sentia-me desanimado e sem esperança em relação ao futuro.

Precisava da ajuda das pessoas até mesmo para mover o banquinho para receber Johrei devido à falta de flexibilidade e às fortes dores.

Com o recebimento contínuo do Johrei, comecei a sentir melhoras significativas em minhas dores, o que não ocorria mesmo tomando remédios fortíssimos.

Assim, compreendi a força do Johrei e desejei ingressar na fé Messiânica, tendo a permissão de receber o Ohikari (medalha da Luz Divina) em 2012.

A partir de então, passei a realizar as práticas básicas messiânicas com muita dedicação e amor.

Durante quatro anos tinha crises esporádicas, que iam e voltavam, alternando momentos de intensificação da purificação e períodos em que as dores eram bem mais amenas.

Quando ficava impossibilitado de dedicar, buscava ser útil por meio da oferta do donativo de gratidão especial. Sinto que essa prática também me deu muita força para superar a purificação.

Em 2016, passei por um momento bastante difícil, porém decisivo em minha vida. Tive uma forte crise, e passei três meses paralisado em cima da cama.

Tive assistência religiosa intensiva dos membros e missionários do Johrei Center. No primeiro mês, recebi trezentas horas de Johrei e nos dois meses seguintes, uma média sete horas por dia.
Após isso, as dores foram diminuindo e tive um leve ganho de flexibilidade.

O quadro da doença se estabilizou, e passei a ter uma melhor qualidade de vida, retornando às dedicações, gradativamente.

Nesse período, tive a permissão de realizar minha primeira peregrinação aos Solos Sagrados do Japão.

Ao retornar, as dores diminuíram ainda mais, e voltei a andar sem precisar das muletas.

Dessa forma, pude parar de tomar as medicações e aumentei o consumo de alimentos produzidos pelo método da Agricultura Natural.

Apesar de morar no interior, em 2017, fiz o desafio de participar, todos os meses, dos cultos mensais da sede da nossa igreja na capital, que fica a 740 km da cidade onde resido.

A viagem não era fácil. Eu chegava cansado e com muitas dores.

No entanto, tenho convicção que, por meio dessas peregrinações, que continuo até hoje, ganhei força, aprofundei a fé e tive condições de continuar dedicando.

Em uma palestra de culto mensal no final de 2018, ouvi a seguinte orientação: "Todos nós temos capacidade de fazer muito mais, basta tomar a firme decisão e agir." Aquelas palavras tocaram minha alma.

Fui ao altar e dirigi-me a Deus com as seguintes palavras: "Estou cem por cento comprometido a dedicar no que for necessário, e quero estar alinhado ao Senhor. Por favor, mande pessoas para que possamos salvar e construir o Paraíso."

Decidi servir a Meishu-Sama com meu empenho máximo e dedicar, no mínimo, seis horas diárias à Obra Divina. Assim fiz durante o ano de 2019.

Passei a fazer a dedicação no Johrei Center todos os dias a partir do horário do almoço, quando há carência de dedicantes.

Então, no primeiro dia, fiz oração e preparei a nave para receber as pessoas que Meishu-Sama ia enviar.

Como geralmente não aparecem muitas pessoas, fiquei surpreso em ministrar Johrei a três pessoas que vieram pela primeira vez, logo no primeiro dia.

Com o passar dos dias, o número dos que eram de primeira vez e de frequentadores dobrou. As pessoas chegavam à igreja, retornavam e traziam outras pessoas.

Eu acompanhava os frequentadores, fazendo oração e ministrando-lhes Johrei. Além disso, buscava envolvê-los, ao máximo, nas atividades da Igreja, como: dedicação de limpeza, oficina de horta caseira, vivências com a flor e estudo dos Ensinamentos de Meishu-Sama. Sempre com o objetivo de que eles pudessem ser felizes e ter permissão de se tornarem instrumentos úteis a Deus e a Meishu-Sama.

Ao mesmo tempo, realizava reunião de Johrei nos lares desses frequentadores. Muitos deles receberam graças, como: restabelecimento da saúde, superação de conflitos e solução de problemas financeiros.

Em cinco meses nessa dedicação, com o apoio dos membros da unidade, tive a permissão de encaminhar vinte e duas pessoas até o recebimento do Ohikari.

A cada mês, eu sentia um alívio nas dores na coluna e fui ganhando maior flexibilidade e força física.

Hoje, após aproximadamente vinte anos de intenso sofrimento, não sinto mais nenhuma dor e recuperei praticamente todos os movimentos do meu corpo.

Realizo as atividades diárias normalmente e dedico até na limpeza no Johrei Center.

Com o servir sincero a Meishu-Sama, minha vida se tornou extraordinária.

Passei a encarar a purificação com gratidão e ganhei a compreensão de que sem ela eu não teria a oportunidade de me elevar espiritualmente.

Atualmente, ministro e recebo, no mínimo, dezoito Johrei por dia e continuo dedicando no atendimento de pessoas que chegam pela primeira vez e no acompanhamento de frequentadores.

Entendi que, quando me empenhei de corpo e alma na salvação de pessoas, pude elevar-me espiritualmente e acumular méritos para que meus antepassados, também, fossem salvos.

Em março do ano passado, tive a alegria de peregrinar novamente ao Japão com minha esposa para agradecer a Deus e a Meishu-Sama a nova vida que me foi concedida.

Hoje, estou muito feliz por ter a permissão de relatar minha experiência de fé, no Altar do Solo Sagrado de Guarapiranga, aos senhores e aos que estão nos assistindo.

Agradeço profundamente a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados, especialmente ao meu pai, a permissão de servirmos à Obra Divina.

Ao mesmo tempo, não poderia deixar de expressar minha gratidão ao ministro e aos membros do Johrei Center Juína, que dedicaram seu tempo e seu amor para que eu superasse essa purificação e me tornasse cada dia mais feliz.

Muito obrigado.

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=1333