Experiência de Fé do Mês

Experiência de Fé - Culto Mensal de Agradecimento - outubro 2020

Data: 04/10/2020
Por: Igreja Messiânica Mundial do Brasil
Editoria: Experiência de Fé do Mês

Experiência de Fé
Sra. Maria Izabel Lima Brandão - Igreja São Luís

Bom-dia a todos!

Sou membro da Igreja Messiânica Mundial do Brasil há vinte e sete anos. Atualmente dedico como professora de ikebana (arranjo floral) da Academia Sanguetsu na Igreja São Luís - MA.

Gostaria de compartilhar minha experiência de como consegui mudar a realidade de uma comunidade escolar por meio da aplicação prática dos Ensinamentos de Meishu-Sama.

Sou pedagoga e trabalho como professora na rede estadual de ensino há trinta e quatro anos.

Em 2008, fui designada a assumir a função de gestora-geral em uma escola de Ensino Médio e Fundamental.

Essa escola corria o risco de ser desativada devido a inúmeros problemas que apresentava.

A Secretaria de Educação recebia constantes reclamações a respeito de conflitos entre gestores e funcionários, que não se entendiam e brigavam muito entre si.

Havia, também, muita indisciplina por parte dos alunos. Eles não prestavam atenção às aulas e não demonstravam o menor respeito aos professores. Muitas vezes, xingando-os e afrontando-os.

Nos arredores da escola, ocorriam muitas festas, onde prevalecia o uso de drogas. Isso se refletia diretamente no ambiente escolar, em que os alunos costumavam entrar armados para assistirem às aulas e marcar confrontos dentro do colégio.

Além disso, o prédio da escola era muito sujo e tinha sérios problemas estruturais.

Há mais de vinte anos não passava por qualquer reforma ou melhorias nas instalações.

Sofreu diversas vezes com as enchentes, que são frequentes na localidade, e corria o risco até mesmo de desabamento.

Diante desta dura realidade, fiquei muito preocupada, insegura e pensei em desistir.

Ao ler os Escritos Divinos em busca de orientação sobre como deveria proceder de acordo com a Vontade de Deus, deparei-me com o ensinamento intitulado "A forte vontade de crescer", no qual Meishu-Sama afirma que é importante renunciar às coisas ruins e não desistir do que é bom.

Sendo assim, refleti sobre o meu papel como educadora e messiânica.

Compreendi que fora designada àquele local, pois tinha uma missão a cumprir com aquelas pessoas e que, como portadora da Luz Divina e seguidora de Meishu-Sama, poderia exercer uma influência espiritualmente positiva sobre aqueles indivíduos e modificar a realidade.

Diante disso, tomei a firme decisão de assumir a tarefa e pedi forças a Deus e Meishu-Sama para que me guiassem.

Minha primeira atitude foi levar arranjos florais e distribuí-los entre funcionários e alunos, bem como dispô-los nas dependências da escola, nos locais de maior trânsito de pessoas.

Com algumas semanas, já notei os resultados.

O ambiente começou a melhorar, e todos apreciavam os arranjos e faziam comentários sobre sua beleza.

Em pouco tempo, não foi mais necessário que eu comprasse as flores, pois às segundas-feiras, os funcionários levavam o material e participavam da confecção dos 14 arranjos destinados aos principais ambientes da escola.

No meu relacionamento com os professores, funcionários e alunos, seguindo os Ensinamentos de Meishu-Sama, buscava ceder para conquistar, treinar a humildade e estar sempre atenta e prestativa para servir em qualquer situação.

Dessa forma, fui conquistando a confiança de todos e desfazendo as resistências que enfrentei inicialmente.

Sempre que surgia a oportunidade, eu conversava individualmente e ouvia as preocupações, sofrimentos e sonhos de cada um.

Dessa forma, tive a oportunidade de apresentar o Johrei a diversas pessoas, e algumas delas tiveram a vida transformada.

Um dos casos mais marcantes que acompanhei foi o de um aluno que possuía postura ameaçadora a ponto de deixar os professores amedrontados.

Certo dia, criei coragem e chamei-o para conversar. Escutei-o atentamente e dei algumas orientações.

Após a conversa, ofereci-lhe o Johrei, explicando tratar-se de uma oração. Ele aceitou.

Algumas semanas depois, levei-o ao Johrei Center, que ele passou a frequentar com a mãe.

Com o recebimento constante de Johrei seu comportamento mudou por completo.

Tornou-se mais dócil, passou a respeitar o corpo docente e a prestar mais atenção às aulas.

Conseguiu um emprego e, sempre que podia, vinha à minha sala pedir Johrei e conversar sobre suas questões.

A transformação deste jovem trouxe para a equipe uma grande força, uma vez que se percebeu que é possível mudar situações que consideramos irreversíveis.

Havia uma professora que apresentava um sério quadro depressivo. Conversei com ela e propus o tratamento por meio do Johrei. Ela aceitou e passei a ministrá-lo diariamente.

Com algumas semanas, ela apresentou grande melhora. Passou a frequentar a Igreja assiduamente e, com isso, superou o problema por completo.

Atualmente é uma pessoa alegre, bem disposta e continua recebendo Johrei com regularidade.

A partir das práticas messiânicas na escola, as relações entre as pessoas se tornaram respeitosas, surgindo um ambiente de harmonia, o que passou a ser motivo de reconhecimento e elogio.

As brigas e agressões, que eram frequentes, deixaram de ocorrer, inclusive na área externa da escola, onde as festas foram ficando cada vez mais escassas.

Em 2019, o prédio foi reformado. A escola passou a ser um centro de educação de tempo integral e se tornou referência na rede estadual.

Tudo isso só foi possível graças aos Ensinamentos de Meishu-Sama que, além de me darem forças, me mostraram o caminho que deveria seguir.

Aprendi que a missão do professor vai muito além de transmitir conteúdos teóricos aos alunos.

Nós exercemos uma significativa influência sobre eles através dos elos espirituais que nos ligam.

Por conseguinte, temos expressiva responsabilidade na formação de seu caráter e valores éticos e morais.

Agradeço a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados essa maravilhosa experiência, e à comunidade escolar, a oportunidade de contribuir para a concretização de uma sociedade melhor por meio da profissão que eu tanto amo, que é ser professora.

Muito obrigada.

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=1709