Data: 22/11/2020
Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento do Mês
A missão da nossa Igreja é salvar as pessoas que estão sofrendo no Inferno, conduzindo-as ao Paraíso e, por meio disso, fazer surgir uma sociedade paradisíaca. Para salvar o próximo, o ser humano precisa primeiramente elevar-se ao Paraíso e tornar-se seu habitante. Assim, ele poderá conduzir o próximo ao Paraíso e salvá-lo. Ou seja, colocar uma escada do Paraíso até o Inferno, estender as mãos para ajudá-lo a subir, degrau por degrau. É nesse ponto que nossa religião difere de todas as religiões até hoje, sendo, inclusive, o seu oposto.
Como todos sabem, desde a antiguidade, os religiosos vêm se contentando com o mínimo necessário à sua subsistência e entregando-se a práticas ascéticas. Uma vez que se colocam numa posição infernal para salvar o próximo, usam a escada em sentido contrário, isto é, empurram os necessitados de baixo para cima, ao invés de puxá-los do alto; é fácil calcular o duplo esforço exigido. Entretanto, não havia alternativa, visto que o Paraíso ainda não estava pronto. Isto ocorria devido à prematuridade do tempo, ou seja, o Mundo Espiritual ainda se encontrava na Era da Noite.
Contudo, a partir de 1931, o Mundo Espiritual vem se transformando, gradualmente, em dia, tornando a construção do Paraíso mais fácil. Todavia, não é o ser humano que o constrói: é Deus. Por conseguinte, a obra progride à mercê do tempo, bastando ao ser humano agir de acordo com a Vontade Divina. Em outras palavras, Deus traça o plano, coordena e utiliza livremente um grande número de pessoas.
A ideia exata que se pode ter da minha função, é a de mestre-de-obras. Nossos fiéis sabem perfeitamente que estou construindo o modelo do Paraíso, como uma das atribuições dessa função. Dessa forma, em momentos e locais inesperados, aparecem-me pessoas querendo vender suas terras.
Assim que percebo a Vontade Divina de adquirir determinado terreno, surge a quantia necessária, sem que eu empregue o mínimo esforço. Logo a seguir, exatamente do modo como imaginei, consigo os melhores projetistas, engenheiros e construtores, bem como o material de que necessito, na quantidade certa. Oportunamente, alguém traz uma árvore, e já existe um lugar apropriado para ela.
Às vezes, ao receber dezenas de árvores, de uma só vez, fico sem saber como agir. Interpretando que isso foi feito por Deus, planto-as e constato que elas se encaixam maravilhosamente no jardim, sem sobrar nem faltar. Sempre que isso ocorre, não posso deixar de sentir, claramente, que tudo é realizado por Deus. Se desejo colocar uma pedra ou uma planta em determinado lugar, elas me são entregues dentro de um ou dois dias, no máximo. O que vêm a ser todas essas ocorrências senão milagres? Caso eu começasse a enumerá-las, não acabaria mais. E o que expus agora, não passa de uma pequena parte. Com o tempo, pretendo escrever mais a respeito.
Este artigo tem como objetivo ajudar os leitores a compreender que não é o ser humano que realiza, que ele é levado a fazer tudo de acordo com o Plano de Deus. Pelos fatos relatados, fica bem claro que a Vontade de Deus é construir um modelo como passo inicial da construção do Paraíso Terrestre. Contudo, isso não é o bastante. É preciso que cada indivíduo se torne um habitante do Paraíso, e agora é chegado o momento em que isso é possível. Naturalmente, o lar também se tornará Paraíso, e todos virão a ter uma vida paradisíaca. Somente assim poderemos puxar as pessoas do Inferno e trazê-las à salvação.
Eis a razão por que aconselho os fiéis a criar, o máximo possível, um ambiente ao seu redor sem sofrimentos, pois isto está de acordo com a Vontade de Deus. Enquanto não se conseguir eliminar os três infortúnios - doença, pobreza e conflito -, não se poderá salvar outras pessoas verdadeiramente. É preciso saber que isso não era possível durante a Era da Noite, mas hoje já o é. Terminou a época dos sofrimentos à que Buda Sakyamuni se referiu. Se as pessoas compreenderem esta verdade, sentir-se-ão tomadas por uma alegria infinita, jamais vivenciada pela humanidade.
Por Meishu-Sama, em 5 outubro de 1949
Extraído do livro Alicerce do Paraíso, vol. 1
fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=1836