Data: 03/02/2019
Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento do Mês
Quando eu falo em segredo da felicidade, as pessoas podem pensar que seja preciso recorrer a algum tipo de mágica, mas não é nada disso. É algo extremamente simples. Ainda assim, as pessoas não conseguem percebê-lo.
Neste momento, ao observarmos a sociedade, quantas pessoas verdadeiramente felizes podemos encontrar? Talvez nenhuma. Isso mostra que o mundo está, efetivamente, cheio de sofrimento. O fato é que ninguém está livre de fracassos, desemprego, doenças, pobreza, conflito, descrença e pessimismo. A realidade é que as pessoas estão sofrendo como se estivessem acorrentadas em uma prisão.
Qualquer um que faça uma reflexão mais aprofundada, irá deparar-se com a seguinte dúvida: se foi Deus, Criador do Universo, que criou o ser humano, por que o faz padecer tanto? Por que será que não faz deste mundo um local com mais felicidade do que com infelicidade? Como essas interrogações permanecem sem respostas, vou tecer considerações a respeito.
O bem e o mal existem desde a era primitiva, quando surgiu a espécie humana. Esta é uma Verdade. Assim, o bem e o mal ? de natureza antagônica ? vivem em atrito e lutas constantes, sem jamais um predominar definitivamente sobre o outro. Ainda assim, pensando bem, foi em consequência do atrito entre ambos que a civilização atingiu o progresso atual, o que também é uma Verdade.
A respeito disso, muitos já me perguntaram: "Se Deus é amor e compaixão, não consigo entender por que permitiu ao ser humano praticar o mal e pecar para depois castigá-lo no Juízo Final. Se, desde o início, Ele não criasse pessoas más, não haveria necessidade de julgá-las ou castigá-las, não é verdade?" Parecem-me observações que fazem muito sentido e eu penso da mesma forma. Se eu tivesse criado o ser humano, poderia explicar facilmente. Uma vez que sou apenas uma existência criada, é óbvio que não consigo dar uma explicação definitiva.
Se, mesmo assim, eu tiver que oferecer algum esclarecimento a respeito da Vontade de Deus, teria que recorrer à imaginação. Portanto, vou deixar essa tarefa para quem tem tempo livre. O que importa para nós é a realidade, é ser feliz durante esta vida.
Assim, antes de mais nada, o essencial é descobrir o método para alcançar a felicidade e praticá-lo. Como sempre venho afirmando, esse método consiste, basicamente, em fazermos os outros felizes. Existe uma excelente prática que venho adotando há muitos anos, com resultados maravilhosos. Foi com o desejo de ensiná-la que redigi o presente texto.
Em suma, essa prática consiste em realizar o maior número de boas ações. Sempre que possível, procurar praticar o bem. Por exemplo, propiciar alegria ao próximo; pensando no bem-estar da sociedade, a esposa deve colaborar para que o marido possa trabalhar feliz, e o marido, por sua vez, deve ser amável e procurar dar-lhe alegria e tranquilidade.
É natural que os pais amem os filhos, mas devem fazer mais do que isso: precisam utilizar-se da inteligência superior, pensar no futuro deles e, sem ser autoritários, orientá-los a respeitar os pais e incentivá-los a estudar com prazer.
Além disso, na vida cotidiana, devemos, sempre, procurar suscitar esperança no coração das pessoas, independentemente de quem seja, tendo por base, o amor e a gentileza, agindo com a máxima sinceridade.
Aos políticos, cabe deixar de lado seus interesses pessoais e, colocando a felicidade dos cidadãos acima de tudo, tornar-se, em todos os aspectos, pessoas exemplares. O povo também deve se esforçar o máximo para praticar boas ações, utilizando a inteligência. Assim, aqueles que praticarem muitas boas ações, com certeza, serão felizes. Já imaginaram que sociedade e que nação surgiriam, se todas as pessoas se unissem para praticar o bem? Evidentemente, essa nação seria um modelo para o mundo e alvo do respeito universal. Consequentemente, sem sombra de dúvida, desapareceriam todos os problemas, surgiria o Paraíso Terrestre proclamado por nós, isento de doença, pobreza e conflito, e a felicidade das pessoas seria incalculável. [...]
Para não me estender mais, gostaria de encerrar aqui, mas se analisarem bem o que explanei, poderão perceber que não é tão difícil tornar-se feliz.
Por Meishu-Sama, em 1º de outubro de 1949
Extraído do Livro Alicerce do Paraíso, vol 3, pág 54 a 56, trechos
fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=341