Data: 01/10/2018
Por: Ensinamento do Mês - outubro de 2018
Editoria: Ensinamento do Mês
Várias heranças literárias provam que religião e milagre são inseparáveis. Religião sem milagre deixa de ser religião. Isso ocorre porque Deus é que faz milagres; por meio da força do ser humano, não é possível operar um único milagre sequer. Assim, uma religião sem milagres é uma existência sem valor. Podemos dizer que, por mais que a forma seja religiosa, ela perdeu seu valor como religião.
É natural que, quanto mais elevada é a religião, maior é o número de milagres que apresenta. Milagre, em outras palavras, significa o aparecimento de graças inesperadas. Estas despertam um sentimento religioso no fundo do coração da pessoa que ingressa na fé e se salva da infelicidade. Não seria essa a verdadeira religião? É desnecessário dizer que um único fato vale por mil argumentos. Embora se diga que a situação que vivemos atualmente seja uma consequência da derrota na Segunda Guerra Mundial, é muito preocupante o aumento do mal social, em especial, o fato de a camada jovem - sustentáculo do futuro do país -, encontrar-se totalmente confusa, tomada por ideologias nocivas. Se buscarmos a causa, veremos que ela resulta da educação que tem o pensamento materialista como regra de ouro. Enquanto não despertarmos dessa falácia, não há como solucionar a questão.
Então, o que fazer para derrotar o pensamento materialista? É preciso avivar o sentimento religioso no ser humano. Para isso, como sempre pregamos, o fundamental é fazer reconhecer a existência invisível de Deus. E o milagre é o único meio para tal.
Milagre é tornar possível aquilo que se considera impossível realizar pela ação do ser humano. Quando ocorrem, diante dos olhos, fatos que não podem, de forma alguma, ser compreendidos por meio de teorias, é natural que toda e qualquer dúvida se dissipe de uma só vez.
Portanto, como o título sugere, podemos dizer que "religião é milagre e milagre é religião". Assim, se não fizermos reconhecer a existência de Deus por meio do milagre e não cultivarmos o espiritualismo, será impossível alcançar os resultados almejados quanto à construção de um Japão pacífico e à exclusão do mal social.
Na história da humanidade, não se conhece nenhuma religião que tenha apresentado tantos milagres como a nossa. Neste sentido, o objetivo da nossa religião nesta época de grande transição é, pelo sopro do milagre, despertar as almas adormecidas deste mundo, o qual perdeu a consciência espiritualista.
Deus, Todo-Poderoso, pelas mãos de Kanzeon Bossatsu[1], também conhecido como Komyo Nyorai[2], vem utilizando Sua força de maneira livre e desimpedida, manifestando os mais variados e incontáveis milagres. Dessa forma, Ele vem realizando a grande obra de salvação por meio da nossa religião.
Por Meishu-Sama em 11 de junho de 1949
Extraído do Livro Alicerce do Paraíso Volume 2 - Página 55 a 56
[1] Kanzeon Bossatsu: Em sânscrito, Avalokiteshvara (Aquele que enxerga os clamores do mundo) é o bossatsu que representa a suprema compaixão. Conhecido no Japão também apenas como Kannon.
[2] Komyo Nyorai: Nome de uma das manifestações de Kanzeon Bossatsu, segundo Meishu-Sama.
fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=38