Ensinamento do Mês

A grande revolução da agricultura - agosto de 2019

Data: 05/08/2019
Por: Meishu-Sama
Editoria: Ensinamento do Mês

Há mais de dez anos descobri e venho propondo o método agrícola que, dispensando o uso dos adubos químicos e do estrume de origem animal e humana, possibilita a obtenção de grandes colheitas. Naquela época, conquanto eu me esforçasse bastante, tentando convencer os agricultores, ninguém queria me ouvir. Entretanto, é minha convicção, desde o princípio, que o método natural de cultivo representa a Verdade Absoluta, e estou certo de que todos chegarão à mesma conclusão, compreendendo também que, se não se apoiarem nisso, não só os agricultores nunca poderão ser salvos, mas o próprio destino da nação ficará comprometido. É por esse motivo que venho insistindo no assunto até hoje.

Como a situação foi se tornando séria, exatamente como eu temia que acontecesse [...] sinto uma necessidade cada vez maior de fazer os agricultores japoneses e todos os povos entenderem a Agricultura Natural.

[...] Abordarei, em primeiro lugar, as vantagens do método: não serão necessários gastos com adubos, o dano causado pelos insetos nocivos diminuirá de forma considerável, ficarão reduzidos a menos da metade os prejuízos causados pelos ventos e pelas chuvas. [...] Resumindo, todos os produtos cultivados pela Agricultura Natural apresentarão maravilhosos resultados. [...]

Merece especial destaque o [...] sabor dos produtos da Agricultura Natural; quem experimentar seu arroz, trigo e verduras, é provável que nunca mais tenha vontade de comer os que são produzidos através do cultivo com adubos. [...]

Descobri que tanto os adubos de origem animal como os adubos químicos, ao serem absorvidos pelas plantas, tornam-se venenos e que esses venenos vêm a constituir alimento para os insetos nocivos, os quais passam a se multiplicar ferozmente. [...]

O que se deve conhecer em primeiro lugar, é a capacidade específica do solo. Antes de mais nada, ele foi criado por Deus, Criador do Universo, a fim de produzir alimento su¬fi¬cien¬te para prover o homem e os animais.

Por essa razão, a terra já está em si mesma abundantemente adubada -podemos até dizer que toda ela é uma massa de adubos. Desconhecendo isso até hoje, os homens se enganaram ao pensar que os alimentos das plantas são os adubos. Baseados nessa crença, vieram aplicando adubos artificiais e, consequentemente, foram enfraquecendo, de forma desastrosa, a energia original do solo. Não é um equívoco espantoso?

Para que a produção agrícola aumente, deve-se fortalecer ao máximo a própria energia do solo. E como se poderá fazer isso? Não lhe misturando nada a não ser os compostos naturais, fazendo-o permanecer puro e preservando-o o mais que se puder. Assim se obterão ótimos resultados, mas, com a mentalidade que tem vigorado até agora, jamais se conseguirá acreditar nisso.

Com base nas razões citadas, vemos que o princípio fundamental da Agricultura Natural é o absoluto respeito à Natureza, que é uma grande mestra. Quando observamos o desenvolvimento e o crescimento de tudo que existe, compreendemos que não há nada que não dependa da força da Grande Natureza, isto é, do Sol, da Lua e da Terra, ou, em outras palavras, do fogo, da água e da terra. Sem dúvida isso ocorre também com as plantações, pois, se a terra for mantida pura e elas forem expostas ao sol e abundantemente abastecidas de água, produzir-se-á mais do que o necessário para o sustento do ser humano. Dirijam seu olhar para a superfície do solo das matas e atentem para a abundância de capins secos e folhas caídas, cuja provisão é renovada em cada outono. Eles representam o trabalho da Natureza para enriquecer o solo, e ela nos ensina que devemos utilizá-los. [...]

Por Meishu-Sama, em 5 de maio de 1953
Extraído do livro Alicerce do Paraíso, vol. 5 - pag. 30 a 38 (trechos)

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=821