Experiência de Fé do Mês

Srta. Carolina dos Santos Oliveira  - Igreja São Vicente  - agosto de 2019

Srta. Carolina dos Santos Oliveira - Igreja São Vicente - agosto de 2019

Data: 04/08/2019
Por:
Editoria: Experiência de Fé do Mês

Experiência de Fé - Culto Mensal de Agradecimento dedicado à Agricultura Natural - Solo Sagrado de Guarapiranga
4 de agosto de 2019
Srta. Carolina dos Santos Oliveira - Igreja São Vicente

Bom-dia a todos!

Sou messiânica há vinte e cinco anos e dedico na igreja São Vicente - São Paulo.

Gostaria de relatar como a coluna da Agricultura e da Alimentação Natural, aliada à prática constante do Johrei, foram capazes de transformar o quadro de saúde de meu filho.

Tenho um filho, hoje com 13 anos de idade, que, aos dois, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista, ou simplesmente, Autismo, como é popularmente conhecido.

Ele era muito irritado, não falava e só se expressava aos gritos; não mantinha contato visual; não manifestava qualquer espécie de envolvimento emocional; agredia a si e demais pessoas, entre outros comportamentos que tornavam sua vida social praticamente impossível e o nosso dia a dia em casa, extremamente exaustivo.

Ir à igreja para receber Johrei era muito desgastante, pois ele se jogava no chão, gritava e agredia as pessoas.

Em virtude disso, tomava cinco medicamentos ao mesmo tempo, sendo a maioria deles controlados, como: calmantes, anticonvulsivantes, antidepressivos, reguladores de humor, além de antialérgico. O objetivo era deixá-lo mais calmo e sociável. No entanto, como os resultados esperados não eram alcançados, aumentavam-se as doses.

Quando ele estava aproximadamente com sete anos, durante uma consulta com a psiquiatra, está me disse que havia voltado de um congresso sobre autismo nos Estados Unidos, no qual foram apresentados estudos que evidenciavam os malefícios que os agrotóxicos trazem aos portadores desse transtorno.

Sendo assim, orientou a mudarmos radicalmente a alimentação de meu filho, por meio de uma dieta baseada em produtos orgânicos. Recomendou que procurasse uma nutricionista para me auxiliar nesse processo.

No final ela me disse que eu teria duas escolhas: a mudança na alimentação ou a introdução de um sexto medicamento. Optei pela primeira opção.

Dessa forma, comecei a pesquisar sobre a Agricultura Natural e a buscar alimentos cultivados por esse método.

Participava com meu filho de vivências de horta caseira na igreja e, juntos, preparamos a horta em nossa casa, onde começamos a cultivar várias hortaliças. Ele mexia na terra, regava as plantinhas e conversava com elas diariamente.

Mudei completamente a alimentação, cortando os produtos industrializados e priorizando os alimentos obtidos pelo método da Agricultura Natural, inclusive os cultivados em nossa horta.

No início as mudanças não foram fáceis, pois ele sempre foi muito seletivo na alimentação, fazendo questão de comer sempre os mesmos alimentos. Todavia, com o cultivo da horta e a adoção de produtos naturais, ele passou a comer diversos tipos de verduras.

Ao vê-lo comer brócolis pela primeira vez, quase chorei de tanta emoção.

Durante esse processo, busquei intensificar as dedicações e a leitura de ensinamentos, bem como a ministração diária de Johrei a meu filho.

Após o primeiro mês já começamos a notar as diferenças em seu comportamento: mais estável, ele já ia ao banheiro sozinho e demonstrava menos agressividade.

Com isso, a médica que o acompanhava optou por retirar uma das medicações. Três meses depois, com as contínuas melhoras apresentadas, decidiu retirar mais dois medicamentos e, após um ano, ele já não mais fazia uso de nenhum.

Suas mudanças eram visíveis e impressionavam a todos.

Na escola, meu filho melhorou sua interação com os colegas e as professoras, concentrava-se mais, e os elogios quanto ao seu desempenho eram constantes.

Assim, fez amigos e começou a ser convidado para participar de festinhas na casa dos colegas. Conseguimos frequentar locais com muitas pessoas, sem que isso gerasse um estresse ou ansiedade em meu filho.

Em casa, passou a realizar facilmente atividades triviais da vida diária, como: tomar banho, alimentar-se e vestir-se sozinho, o que antes ele não conseguia.

Íamos à igreja pelo menos duas vezes por semana para dedicar e receber Johrei. Participávamos tranquilamente dos cultos mensais e peregrinávamos ao Solo Sagrado quase todos os meses para participar dos cultos. Aos nove anos, ele me pediu para receber o Shoko (medalha de proteção para crianças).

Hoje, Matheus cursa o sexto ano em um colégio regular; lê, escreve e tem um bom aproveitamento escolar.

Há três anos faz parte do grupo de escoteiros, participando de acampamentos.

Após mudar sua alimentação e começar a praticar a horta, ele começou a se comunicar melhor.

Jamais me esquecerei do dia em que ele olhou nos meus olhos e me chamou pela primeira vez de "mamãe Carol".

Hoje ele é uma pessoa totalmente sociável, demonstrando afeto e carinho com as pessoas de seu convívio.

Fala muito, havendo momentos em que preciso pedir para ele ficar quieto.

Antes das refeições ele sempre agradece e entende que, alimentando-se saudavelmente, crescerá forte e não ficará doente.

Ao completar doze anos, recebeu o Ohikari (medalha da Luz Divina). Sempre que possível, me acompanha nas atividades da Igreja e adora dedicar na limpeza dos banheiros.

Ele já não faz mais uso dos medicamentos há quatro anos, e vai à psiquiatra apenas para consultas de rotina.

Atualmente, Matheus é tomado como exemplo por todos os seus terapeutas para orientar outras mães de filhos autistas a respeito da importância de uma alimentação mais saudável para um melhor desenvolvimento da criança.

Graças aos maravilhosos resultados obtidos, faço um trabalho com uma adolescente autista em um abrigo do município em que tento aplicar o aprendizado que adquiri cuidando do meu filho.

Conforme Meishu-Sama orienta "Gratidão gera Gratidão", quando aprendi a agradecer pela permissão de ser mãe e a entender que a purificação do meu filho não deveria nunca ser maior do que minha fé, tudo mudou.

Sou extremamente feliz e grata ao Supremo Deus e ao Messias Meishu-Sama pelo filho que tenho e por tudo o que ele me ensina constantemente.

Com ele aprendi a não julgar e aceitar as pessoas como são, com suas qualidades e limitações, por verdadeiramente acreditar que todos possuem a partícula divina. Sinto que também melhorei como pessoa e amadureci na fé.

Meu objetivo é continuar servindo a Deus, buscando o máximo possível, indicar a coluna da Agricultura Natural como caminho de salvação para as pessoas, para que assim como eu, possam construir um destino de felicidade por meio das práticas ensinadas por nosso Mestre Meishu-Sama.

Muito obrigada.

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=823