Experiência de Fé do Mês

Srta. Renata da Silva Ramos - Igreja ABCDM - setembro de 2019

Data: 01/09/2019
Por:
Editoria: Experiência de Fé do Mês

Experiência de Fé - Culto Mensal de Agradecimento dedicado a coluna do Belo - Solo Sagrado de Guarapiranga
1 de setembro de 2019
Srta. Renata da Silva Ramos - Igreja ABCDM

Bom-dia a todos!

Tenho 30 anos de idade e frequento a Igreja Messiânica desde pequena com minha mãe e recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina) aos 12 anos.

Atualmente, dedico no Johrei Center Mauá, ligado à Igreja ABCDM - São Paulo.

Gostaria de compartilhar como as dedicações na Obra Divina e o servir na Coluna de Salvação do Belo por meio da arte transformaram completamente minha vida e me conduziram a um destino de plena felicidade.

Minha infância foi marcada por diversos sofrimentos, motivados, principalmente, pelo alcoolismo de meu pai, que apresentava atitudes agressivas no lar, o que trazia muito sofrimento a mim e minha família.

Passávamos, igualmente, sérias purificações financeiras, pois meu pai não tinha estabilidade profissional e gastava grande parte do dinheiro com a bebida.

Uma vez que cresci na Igreja Messiânica acompanhando minha mãe nas dedicações, aprendi bem cedo a respeito da importância do sentimento de gratidão, do processo de purificação e da existência das impurezas espirituais, causadoras dos sofrimentos.

Dessa forma, mesmo passando pelas dificuldades, eu compreendia que aquele era um momento importante para a nossa elevação espiritual e acreditava que, se mantivéssemos o sentimento de gratidão e dedicássemos ativamente na Igreja, um dia alcançaríamos a tão sonhada felicidade.

Eu dedicava no servir, na recepção, participava das atividades de jovens e buscava oportunidades de servir e ser útil à Obra Divina.

Em 2005, aos 14 anos, observei no quadro de avisos da unidade um cartaz que convidava jovens para participarem da Banda Marcial Mokiti Okada.

Já havia assistido a uma apresentação da banda em um dos cultos mensais no Solo Sagrado e fiquei maravilhada. Tinha ficado encantada com a beleza das roupas dos integrantes, coreografias, músicas, enfim, o espetáculo me tocou profundamente.

No momento em que vi o cartaz com o convite, senti imediatamente um enorme desejo de participar daquela atividade. Era como se alguma força superior me movesse e me direcionasse àquele caminho.

Entusiasmada, disse à minha mãe que desejava muito participar da banda, mas ela ficou preocupada com a distância, pois residíamos em outra cidade e ela não poderia me acompanhar devido ao trabalho.

A questão financeira também a preocupava, pois não tinha como arcar com as despesas necessárias para meu deslocamento e alimentação nos dias dos ensaios.

Mesmo com a resistência inicial de minha mãe, fiz uma pré-inscrição e, algumas semanas depois, tive a permissão de participar de um ensaio do Corpo Coreográfico da Banda.

O ambiente era alegre e havia muitos jovens de diversas cidades próximas, todos muito felizes e motivados por dedicar na Obra de Salvação de Meishu-Sama por meio da música.

Ao final do ensaio, estava em estado de êxtase com o que vivenciara naquele dia.

Chegando em casa, relatei tudo a minha mãe e disse o quanto estava feliz. Embora estivesse preocupada com as dificuldades, acredito que, contagiada por meu entusiasmo, ela permitiu que eu participasse da dedicação.

Assim, com muito amor, passei a integrar a Banda Mokiti Okada. Comecei a fazer pequenos serviços temporários a fim de conseguir recursos para arcar com as despesas de deslocamento e contava com a ajuda de amigos para a minha alimentação nos dias dos ensaios que ocorriam aos domingos.

Naquele mesmo ano, realizamos uma apresentação no Culto do Natalício de Meishu-Sama.

Após a apresentação alguns componentes da banda, que precisavam dedicar-se à faculdade ou a outros projetos pessoais, se despediram da atividade, simbolizada pela entrega de seus quepes. Dentre eles, estava a primeira baliza.

Logo após, o maestro me chamou e, diante do grupo, me convidou para ser a nova baliza da Banda, entregando-me o quepe e me passando a missão da baliza anterior.

Hoje, sinto que a partir daquele momento, meu destino estava sendo definido.

Meu conhecimento sobre dança era mínimo e não tinha qualquer aprofundamento quanto ao que era ser uma baliza.

Sendo assim, comecei a pesquisar e estudar a respeito do assunto. Passei a fazer aulas de ginastica e de balé em um projeto social de minha cidade, objetivando qualificar-me para melhor cumprir a missão a mim confiada por Meishu-Sama.

Nesse mesmo período, descobri que, em minha cidade, havia uma das melhores bandas marciais do Brasil, e acabei fazendo parte de um projeto para formação de novas balizas.

Em pouco tempo de estudo, para minha surpresa, fui indicada pelos professores a trabalhar em um projeto da Prefeitura, dando aulas de baliza a crianças carentes da região.

Não esperava por esta oportunidade, pois nunca almejei exercer a dança profissionalmente. Apenas me empenhava com sinceridade para aprender o máximo possível a servir a Meishu-Sama oferecendo o meu melhor a cada dia.

Ao saber que seria contratada, fiquei imensamente emocionada e feliz, pois, teria a oportunidade de trabalhar, pela primeira vez, de carteira assinada e, assim, auxiliar minha família amenizando as dificuldades financeiras.

Com as dedicações constantes e o servir por meio da Coluna do Belo, meu pai foi deixando gradativamente de ter atitudes agressivas em casa e diminuiu muito o consumo da bebida alcoólica.

Aos poucos, percebia que meu destino ia se transformando e o que parecia um sonho distante, ter um lar harmonioso e feliz, estava se concretizando.

O ano de 2013 foi marcado pela parada das atividades da Banda Mokiti Okada, por falta de espaço para os ensaios e eu segui apenas com as dedicações no Johrei Center e com o trabalho como professora de dança.

No final daquele mesmo ano finalizei minha formação em dança. Foi uma grande conquista para mim e para minha família, e o momento de maior emoção foi ter meu pai na entrega do meu anel de formatura.

No ano seguinte, dei início à minha graduação em Educação Física, e logo após me formar realizei uma especialização na mesma área.

No ano passado, o maestro me ligou e disse que havia o projeto de oferecermos um presente a Meishu-Sama em seu Natalício com uma apresentação da banda. Tomada por uma grande emoção, aceitei o desafio de imediato e iniciamos os preparativos.

Na noite anterior ao culto, quando o presidente da Igreja batizou a Banda Mokiti Okada, entregando de volta meu quepe e minha missão, reafirmei meu compromisso de servir à obra de Meishu-Sama na Coluna de Salvação do Belo por meio da dança.

Atualmente trabalho dando aulas de educação física e dança em uma academia e em dois colégios particulares.

Meu pai deixou de beber completamente, fez cursos para se qualificar e se estabilizou mais profissionalmente.

Os conflitos em casa se extinguiram e momentos como conversas e almoços em família, algo que não tivera a oportunidade de vivenciar quando criança, hoje ocorrem naturalmente em nosso lar.

Nunca pensei que aquele cartaz afixado no mural da igreja dezesseis anos atrás fosse significar tanto em minha vida, pois através da dedicação por meio do Belo, encontrei um caminho que transformou completamente o meu destino e o de minha família.

Hoje faço da arte minha atividade profissional e ferramenta de servir a Deus e à sociedade.

Acredito que, por meio dela, tenho me elevado espiritualmente e tido a oportunidade de contribuir para conduzir meus antepassados e minha família a outro nível, em que os intensos sofrimentos não se fazem mais necessários e temos a oportunidade de desfrutar de uma vida mais plena de saúde, com melhores condições materiais e com verdadeira harmonia.

Por tudo isso, minha gratidão a Deus e a Meishu-Sama é imensa, bem como é imenso meu compromisso de continuar servindo à Obra Divina, espalhando a felicidade por meio da arte e buscando fazer do coração de cada pessoa uma pequenina parcela do Paraíso Terrestre.

Muito obrigada.

fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=911