Data: 06/10/2019
Por:
Editoria: Experiência de Fé do Mês
Bom-dia a todos!
Sou messiânica há dez anos e dedico no Johrei Center Ananindeua, ligado à Igreja Belém, no Estado do Pará.
Gostaria de compartilhar como consegui superar, por meio do Johrei, do servir e do culto aos antepassados, um quadro grave de epilepsia que durou doze anos.
Aos 10 anos de idade, tive a primeira crise convulsiva. Dois anos depois, por meio de mapeamento cerebral, fui diagnosticada com epilepsia.
Passei, então, a ser submetida a tratamento com muitos medicamentos, porém, sem eficácia, pois, meu corpo ganhou resistência aos anticonvulsivantes.
Isso me fez passar por todas as classes medicamentosas, sem resultado. Tomava um total de seis medicações ao dia.
Nessa época, chegava a ter convulsões até duas vezes em uma semana. Minha vida se resumia a ir à escola, ter crises e correr para a emergência do hospital. Essa foi a minha rotina durante anos.
Sabendo do meu sofrimento, uma prima, que é messiânica, foi ministrar-me Johrei. Senti uma paz muito grande nesse momento e tive desejo de continuar recebendo aquela oração.
Então, ela me convidou para participar das reuniões de Johrei que ocorriam todas as segundas-feiras na Igreja.
Após aproximadamente cinco meses frequentando a unidade assiduamente, embora continuasse com as crises, estava mais leve, feliz e animada e despertou-me o desejo de transmitir aquela Luz às pessoas.
Dessa forma, em 2009, aos 13 anos de idade, recebi o Ohikari (Medalha da Luz Divina). Minha mãe autorizou que eu me tornasse membro da Igreja, mas só ingressou na fé messiânica, cinco anos mais tarde.
Sendo assim, por ser ainda um pouco imatura, não me mantive ativa nas práticas da fé, indo à Igreja apenas esporadicamente, quando minha prima me levava.
Todos os anos fazia eletroencefalograma para acompanhamento, e o exame confirmava alterações.
Eu tinha ataques epiléticos de uma a duas vezes por semana. Esses ataques eram sequenciados, e chegava a ter três convulsões em um só dia. Em decorrência disso, comecei a apresentar tremores involuntários nas mãos e episódios de esquecimentos.
Durante os ataques, eu perdia a consciência, caía, machucava-me e depois sentia muita dor de cabeça e no corpo, precisando ser sedada.
Nessas ocasiões, normalmente precisava de 48 horas para me recuperar. E, poucos dias depois, ocorria tudo de novo.
Em 2013, comecei a namorar meu atual esposo. Ele, que já era um membro muito convicto, me incentivou a frequentar a igreja de maneira mais ativa.
Passei a ir ao Johrei Center várias vezes por semana, a participar dos cultos mensais e a assumir diversas dedicações. Comecei a dedicar, ministrando Johrei três vezes por semana e na recepção.
Nesse mesmo período, os exames passaram a apresentar resultados normais, dando-me novas expectativas e uma alegria muito grande. Contudo, inexplicavelmente, as crises epilépticas estavam cada vez mais frequentes.
Indagando o médico que acompanha meu caso, ele me explicou que a medicina não é exata, que a epilepsia se manifesta de várias formas e que não existe cura para essa doença, tirando-me, assim, todas as esperanças de um dia me livrar daquele sofrimento. Minha alegria durou pouco.
Com a intensificação das crises, que já chegavam a ocorrer no intervalo de apenas três dias, fui encaminhada a um neurocirurgião.
A ressonância magnética detectou uma espécie de esclerose, e o procedimento indicado era cirurgia para retirada dessa área ou o implante de um marca-passo.
Ambos os procedimentos não garantiam a melhora. Além disso, havia a possibilidade de a cirurgia atingir áreas do cérebro e causar lesões que poderiam me deixar debilitada de maneira irreversível.
Nesse período, minha mãe me acompanhava à faculdade, todos os dias, com receio de que eu caísse e me machucasse.
No final de 2017, em uma entrevista com o ministro responsável do Johrei Center, ele leu para mim um Ensinamento de Meishu-Sama sobre a purificação de epilepsia e a íntima relação entre essa doença e os antepassados. Na mesma ocasião, fui orientada a receber dez Johrei por dia e a não faltar a nenhuma reunião de Johrei na Igreja.
O ministro ressaltou, igualmente, a importância de fazer uma pesquisa sobre a história dos meus antepassados e realizar o Sorei Saishi (Ofício Religioso de Sagração e Sufrágio aos Antepassados).
Assim, com a ajuda de minha prima, iniciei o processo de pesquisa da história pregressa de nossa família.
Intensifiquei as dedicações na Igreja e buscava cumprir a missão de divulgar o Johrei e os Ensinamentos. Dessa forma, tive a permissão de encaminhar duas pessoas à Obra Divina.
Para minha surpresa, após três meses realizando as práticas orientadas, tive a permissão de obter informações relevantes sobre a história de meus antepassados.
Descobri que vários sofreram com convulsões e tiveram mortes trágicas, por lesões na cabeça, afogamento, entre outras causas. Soube, igualmente, de casos de antepassados que apresentaram sérios transtornos mentais e neurológicos.
Fiz o Sorei Saishi desses espíritos, oferecendo donativo de gratidão especial com meu esforço máximo e comecei a orar e a dedicar diariamente para a elevação de todos eles. Passava o dia na Igreja ministrando Johrei, dedicando na limpeza dos banheiros, estudava Ensinamento e apoiava o ministro no que precisasse.
Com essas práticas, percebi que as crises estavam ficando mais leves e espaçadas.
Até que, finalmente, em ressonância realizada em janeiro de 2018, foi constatado que eu não possuía mais a esclerose, e a cirurgia foi descartada.
Naquele momento uma alegria indescritível e um profundo sentimento de gratidão tomaram conta de mim.
Após mais alguns meses as crises convulsivas, as quedas e os machucados cessaram completamente e pude, enfim, sair de casa sozinha e em segurança.
Hoje, encontro-me há um ano e sete meses sem crise epiléptica e sou chamada pelo meu médico de "a mulher do milagre".
Continuo com tratamento medicamentoso, porém a dose é mínima. O médico, aos poucos, está realizando a suspensão para a alta definitiva.
Concluo minha graduação em dezembro deste ano e estou ansiosa para ingressar no mercado de trabalho.
Aprendi que, quando estamos alicerçados nos sagrados Ensinamentos e focados nas práticas básicas, visando ao bem-estar e à felicidade do próximo, o Mundo Espiritual se revela e o Messias Meishu-Sama manifesta seu poder de salvação.
Agradeço profundamente a Deus, a Meishu-Sama e aos meus antepassados a permissão de ser útil na salvação das minhas linhagens por intermédio dessa purificação e do servir à Obra Divina.
Expresso também um agradecimento especial à minha mãe, ao meu marido e à minha prima, pelo apoio incansável durante todos esses anos, a todos os membros do Johrei Center Ananindeua, que sempre me assistiram com muito amor e carinho e ao ministro, pelas orientações, que me ajudaram a alcançar este grande milagre que transformou minha vida.
Hoje, estou muito emocionada, pois é a primeira vez que estou saindo sozinha da minha cidade, que andei de avião na minha vida e que venho ao Solo Sagrado de Guarapiranga.
Realmente, só o Messias Meishu-Sama para me dar esse presente.
Muito obrigada.
fonte: https://revistaizunome.messianica.org.br/item?id=981