Data: 02/10/2018
Por: Fernanda Silvestre
Editoria: Edição 128 - Outubro/2018
Nas próximas linhas você vai descobrir por que este procedimento é tão importante para a sustentabilidade das empresas e, principalmente, para o futuro do nosso planeta.
Segundo dados, apenas 3% do lixo produzido no Brasil é reciclado. Este indicador é alarmante, uma vez que o País produz, por ano, mais de 80 milhões de toneladas de resíduos sólidos, sendo destes, 31,9% recicláveis, o que acaba gerando um prejuízo de mais de R$ 8 bilhões ao Estado e às empresas, além de danos incalculáveis ao meio ambiente.
A situação se mostra tão caótica que levou o poder público a instaurar uma legislação para reduzir os impactos gerados pelas empresas no ambiente pelo descarte impróprio de resíduos sólidos após o consumo. Trata-se da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), em vigor no País desde 2010.
A preocupação também chega ao consumidor. Segundo pesquisa do Instituto Akatu, mais da metade dos brasileiros (51%) acredita que o problema do lixo e da reciclagem não é de responsabilidade exclusiva dos governos, mas também das empresas, que devem mudar a maneira como operam e se relacionam com as necessidades da sociedade e da natureza.
De acordo com as normas da PNRS, as empresas devem atingir metas anuais de logística reversa para continuarem operando, com o intuito de aumentar o nível de recuperação dos materiais recicláveis no Brasil até 2031, através da redução de 45% da massa de embalagens secas descartadas nos aterros sanitários brasileiros.
Para atingir essas metas, o Ministério do Meio Ambiente vem contando com o apoio e engajamento de empresas, produtores de bens de consumo, cooperativas de reciclagem, varejistas e instituições do setor, como a New Hope Ecotech, que tem como missão servir como uma ponte entre empresas e profissionais de reciclagem para a realização de "compensação ambiental" de materiais que, muitas vezes, não têm destinação correta após o consumo, podendo parar em aterros sanitários.
Responsabilidade Ambiental e a Korin
A Korin, objetivando seguir seus princípios de sustentabilidade, fechou uma parceria com a New Hope Ecotech para dar início ao processo de logística reversa em suas embalagens de frango inteiro/cortes e bandejas de frangos/ovos.
Para receber este selo, que certifica o compromisso da Korin com a reciclagem e o meio ambiente, a empresa reporta ao projeto selo Eu Reciclo a massa de embalagem colocada no mercado e que, consequentemente, vai parar em aterros sanitários.
Calculado o valor deste impacto, o projeto envia a cooperativas e profissionais de reciclagem cadastrados no programa, que, por sua vez, devem realizar a reciclagem da massa equivalente de embalagens descartadas.
Através de um sistema desenvolvido pelo projeto, o (re)ciclo, os recicladores comprovam o volume reciclado e o comprovante é enviado à empresa, que tem a autorização para usar o selo nas embalagens e comprovar suas ações de logística reversa junto ao governo.
A metodologia adotada para a redução dos impactos das embalagens no meio ambiente resulta na certificação selo "Eu Reciclo", que você já encontra nas novas embalagens de frangos livres de antibióticos e verá, em breve, nas demais embalagens de frangos e ovos da Korin. Com isso, a Korin figura entre as 200 empresas brasileiras a inserir o selo "Eu Reciclo" nas suas embalagens.
Em breve, todas as embalagens de frangos e ovos da Korin vão trazer o selo "Eu Reciclo".
A certificação pelo mundo
Na Europa, o selo Green Dot, outro sistema de certificação de logística reversa, foi o grande responsável por viabilizar a sustentabilidade da cadeia de reciclagem, o que gerou um aumento de 45% na taxa de empregos formais na cadeia de reciclagem, além de atingir uma porcentagem superior a 60% no volume de reciclagem do continente.
Além disso, o selo torna-se um importante método de comunicação ao consumidor, que verifica o que a empresa está fazendo para reduzir seus impactos no meio ambiente.