Data: 26/11/2018
Por: Ana Carolina Basile
Editoria: Edição 129 - Novembro/2018
Adriana Tavolaro é nutricionista, e sua história com a alimentação natural começa aos 14 anos, ao entrar em um severo quadro de síndrome do pânico. Certo dia, recebendo Johrei do irmão, disse: "Ricardo, eu vou morrer". Assustado, ele lhe perguntou se era seu desejo. Ela lhe respondeu que não, mas era a sensação que tinha naquele momento. A partir daí, tem início a purificação que acabou por definir os rumos de sua vida.
Tendo acompanhamento religioso desde o início, Adriana foi orientada pela ministra a superar a síndrome do pânico por meio de uma alimentação saudável obtida pela prática da Agricultura Natural, recebimento e ministração diária de Johrei no Johrei Center, participação do culto vesperal e oração aos antepassados. Além disso, Adriana ingressou no curso de Ikebana Sanguetsu: "Era muito difícil para mim, porque, ao mexer nas flores, parecia que estava manuseando as flores do meu caixão", conta.
Ao longo de dois anos, Adriana conquistou uma melhora significativa, em que emagreceu 35 quilos, algo jamais imaginado, pois possuía um metabolismo muito lento, o que dificultava suas tentativas de perder peso. Decidiu aprofundar seus conhecimentos sobre a alimentação do ponto de vista messiânico segundo Meishu-Sama, vindo a descobrir que a alimentação está diretamente ligada à questão psicológica.
O início da carreira
Sentindo-se mais disposta, decidiu iniciar um curso de Técnico em Nutrição e multiplicar a experiência e o conhecimento que havia obtido. Na época, pôde contar com o apoio do grupo de Alimentação Natural, que estava sendo iniciado pela Fundação Mokiti Okada e do qual, até hoje, ela participa como nutricionista voluntária. Posteriormente, Adriana graduou-se.
A sociedade com a amiga no Bem Natural
Adriana arrendou um restaurante com a amiga, Fernanda Bastoni. O empreendimento foi baseado em um projeto feito em uma aula de liderança do Programa Johvem 3. Fernanda, que, até então, era da área administrativa de uma grande empresa, decidiu deixar o emprego e assumiu o novo projeto.
Dois anos mais tarde, as sócias receberam uma proposta para a compra do estabelecimento. Contudo, orientadas pelo reverendo Koji Sakamoto, consultor de empresas com base na prática da espiritualidade proposta por Meishu-Sama, não efetuaram o negócio para evitar dívidas. No entanto, deveriam manter o restaurante funcionando, pois em breve, abririam a própria empresa. Seguindo a sugestão do reverendo, seis meses depois, apareceram vários investidores para o novo restaurante.
A inauguração do Bem Natural
O desejo de ter um restaurante com a missão, os valores e a visão alicerçados no pensamento de Meishu-Sama se concretiza, e, em março deste ano, o estabelecimento, localizado na zona leste de São Paulo, inicia suas atividades.
Passados poucos meses, o local já é um grande sucesso. As sócias têm conseguido, por meio de ações do dia a dia, provar que é possível seguir os passos de Meishu-Sama. Motivadas pelo ideal de apresentar a Coluna de Salvação da Agricultura Natural, elas servem pratos vegetarianos e veganos, preparados com carinho, gratidão e felicidade.
A rotina é totalmente fora dos padrões, pois a espiritualidade se faz presente em cada detalhe, em cada gesto. Por exemplo, aos fornecedores e entregadores são oferecidos água aromatizada ou suco para conscientizar os funcionários de que é preciso ter amor e gratidão a todos que estão envolvidos, desde àquele que planta, até a quem faz com que o alimento chegue à mesa.
Tanto para Adriana como para Fernanda, é imprescindível que todos estejam felizes. Por esse motivo, expressam não só seu sentimento de gratidão pelos colaboradores, mas também se preocupam com seu estado emocional. Antes de iniciar as atividades, Adriana os reúne para uma meditação guiada de cinco a oito minutos, seguida de alongamento e leitura da missão e valores da empresa. Ao final, todos se abraçam, batem palmas e só então começam a trabalhar com o verdadeiro sentimento de servir.
O local é harmonioso, ao som de mantras ou músicas líricas, que mencionam palavras positivas e de prosperidade. Durante o preparo dos alimentos, ocorre uma pausa para a ministração de Johrei.
Os clientes também sentem o amor das proprietárias por meio da ?Campanha da Gratidão?. A equipe prepara, diariamente, dois sucos naturais para que eles se sirvam à vontade e na quantidade que desejarem, pagando um valor espontâneo. Ou seja, a prática da gratidão também é estimulada junto aos frequentadores do espaço. Além disso, de duas a três vezes por mês, no momento da saída, eles recebem um arranjo floral, preparado em vidro reciclado de leite de coco, ou uma fruta orgânica. Da mesma forma, têm à sua disposição uma cestinha de mensagens com trechos de Ensinamentos do livro Gotas de Luz. Muitos afirmam que a ?mensagem do dia? escolhida foi muito importante naquele momento.
Com isso, já são muitas as histórias. Há quem chega com problemas de saúde e ganha uma melhora significativa em pouco tempo. Existem aqueles que afirmam que lá, sim, é possível "ganhar um gás" para dar continuidade ao trabalho.
Desde o primeiro mês, o restaurante prosperou, conseguindo pagar suas despesas. Segundo as sócias, o segredo é o "Marketing Mokitiano" (de Mokiti Okada), pois nunca precisaram fazer divulgação do local. "Desenvolvemos esse marketing por meio da gentileza, da bondade e da cortesia", explica Fernanda. E completa: "A cada cliente que entra, agradecemos aos seus antepassados a permissão de recebê-los. Em seguida, nós o conectamos a Deus e a Meishu-Sama", finaliza.
Serviço
Rua: Tijuco Preto, 1647 - Tatuapé, São Paulo
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 11h30 às 15h / aos sábados das 12h às 15h30 / fechado aos domingos
Telefone: 2091-8312