Edição 132 - Fevereiro/2019

Eu não queria mais viver... Mas, ao ver uma foto de ikebana fui salva

Data: 03/02/2019
Por: Fundação Mokiti Okada
Editoria: Edição 132 - Fevereiro/2019

Sou professora assistente voluntária há onze anos e hoje gostaria de compartilhar minha evolução como pessoa por meio da prática da Ikebana Sanguetsu.

O sentimento de ajudar as pessoas a qualquer custo já existia dentro de mim e, quando estou em estado de oração, fazendo a ikebana, penso: que a Vontade de Meishu-Sama se concretize.

Penso também em tocar o sentimento das pessoas ao olharem a flor e, assim, conduzi-las a um caminho de salvação, assim como ocorreu comigo.

Eu era uma pessoa que não sentia mais alegria de viver, passava meus dias com uma angústia inexplicável, sem vontade de nada e sentindo uma tristeza profunda sem motivo aparente.

Fui salva por uma foto de ikebana em uma revista, que me foi oferecida como convite para participar do curso. Lembro-me que só de olhar aquela vivificação, surgiu em mim uma alegria muito grande e uma forte vontade de começar as aulas imediatamente. Contudo, na época, precisei esperar.

Tirar alguém do sofrimento, como foi feito comigo, este é meu objetivo, pois foi a partir daí que fui para a igreja. Hoje entendo que o que realmente muda a nossa vida, não sai de dentro de nós. O momento em que olhei aquela flor, constitui algo eterno em mim, pois uma pessoa que não tem interesse nenhum pela vida e não sabe por quê, irá se recordar sempre o motivo que a fez sentir-se melhor.

Em 2016 fui convidada para participar do processo de avaliação para me qualificar como professora adjunta.

Pensei que isso não era para mim, eu estava satisfeita com a minha qualificação, que já era o máximo.

Nunca pensara em alcançar essa posição dentro da igreja, e muito menos em me candidatar novamente a um novo processo de qualificação.

Achei que Meishu-Sama já tinha me qualificado. Conversando com minha professora, fui bem sincera e realista. Sua resposta foi: “Vamos ver o que Deus quer.”

Comecei a dedicar e a me preparar, seguindo as orientações da professora e dos superiores. Conversei com Meishu-Sama pedindo permissão para que eu pudesse encaminhar mais pessoas à salvação por meio da flor. Passei a estudar mais profundamente os ensinamentos, fiz muita oração e donativo de gratidão.

Para cumprir as metas, fiquei no Johrei Center de plantão convidando as pessoas, realizando encontro com a Flor e acompanhando-as ao altar para fazer oração e gratidão, ensinando-as a entregar as dificuldades nas mãos de Deus e Meishu-Sama.

Com essas práticas, ganhei experiência e tive permissão de realizar várias matrículas no curso de ikebana.

Acompanhei e apoiei as monitoras nas vivências e as professoras em todas as atividades do Sanguetsu.

Estudei muito para o processo seletivo e isso me trouxe mais segurança, tanto na técnica como na parte filosófica, para melhor orientar as pessoas. Atualmente quando olho para o aluno, consigo perceber sua dificuldade e consigo ajudá-lo com mais frequência e facilidade. Tenho o retorno do meu empenho por meio das graças alcançadas.

Uma experiência que me trouxe muita alegria é de uma aluna que se tornou membro após as aulas de ikebana e, este mês, encaminhou o marido, que também ingressou na fé. Isso me inspira a continuar os estudos.

Penso que esse processo evolutivo continua em minha vida, já que estudo sempre e cada vez mais, para preparar aulas interessantes e inspirar os alunos. Lembro-me que, quando ia dedicar, para me preparar para o processo de qualificação, meu objetivo era melhorar como professora.

Quando saiu o resultado da prova, o fato não teve tanta importância, pois eu já estava vitoriosa e agradecida. A alegria de participar, de aprender alguma coisa a mais, já foi o meu prêmio, e sentia-me agradecida por estar junto a todos.

Entendi que precisamos estudar sempre, para evoluir dia a dia, processo necessário, constante e permanente em minha vida. A prova de qualificação me permitiu sair do comodismo e testar se eu estava mesmo no ritmo de servir à nova era que estamos vivenciando.

Hoje, meu compromisso é empenhar-me para acompanhar e formar mais pessoas que possam servir à obra de Meishu-Sama por meio do Belo.

Muito obrigada!

Professora Norma da Conceição Santos Pires