Edição 132 - Fevereiro/2019

Hatsuike abre as atividades da Ikebana Sanguetsu da FMO

Data: 04/02/2019
Por: Silvana Boghi
Editoria: Edição 132 - Fevereiro/2019

O evento, que marca a o início das atividades da Ikebana Sanguetsu no Brasil, ocorreu no Solo Sagrado de Guarapiranga sob forte calor. Contudo, a alta temperatura se fez presente não apenas no ambiente, mas também no calor humano dos participantes, que manifestavam suas emoções em forma de gestos de cordialidade e confraternização.

Com a presença de aproximadamente 2 mil pessoas, a Fundação Mokiti Okada deu início às atividades da Academia Sanguetsu em âmbito nacional, no dia 2 de fevereiro, a partir da cerimônia do Hatsuike - a primeira flor do ano, realizada no Solo Sagrado de Guarapiranga.

Inicialmente, ao som das vozes do Coral Mokiti Okada, a professora Maria de Lourdes Oliveira Francisco confeccionou um lindo arranjo floral e, em cada gesto, era visível seu amor e respeito pela Natureza, expressos a cada inserção de galhos e flores, enquanto a plateia admirava a vivificação que se formava.

Na sequência, o presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, Rev. Marco Antonio Baptista Resende, saudou os presentes e falou sobre a importância do servir à Obra Divina por meio da flor. "Meishu-Sama nos ensinou que o mal não gosta das flores e que, por meio delas, transmitimos às pessoas a Luz de Deus". E ressaltou: "Enobrecer os sentimentos do homem e enriquecer-lhe a vida, proporcionando-lhe alegria e sentido, é a missão da arte. Portanto, também é a missão da Ikebana Sanguetsu."

O presidente também discorreu sobre o respeito pela Natureza e pela natureza dos indivíduos, enfatizando que, para que possamos transmitir a Luz Divina por meio das flores, é preciso purificar nosso espírito constantemente, a fim de elevar o caráter. Para tanto, aconselhou o empenho nas práticas básicas da fé messiânica: Johrei, leitura dos ensinamentos, participação nos cultos e dedicação, que constituem o servir sincero à Obra Divina.

Após a saudação, emocionados pela conquista e nova fase de atuação, 488 professores de ikebana, sendo 89 titulares, 136 adjuntos e 263 assistentes, renovaram o compromisso de transmitir amor e luz em cada aula, em cada arranjo, em cada gesto cotidiano, objetivando conduzir, pelo caminho da flor, cada aluno a um estado paradisíaco.

Saudação do presidente da IMMB

Boa-tarde! As senhoras e os senhores estão passando bem?

Estou muito feliz por estarmos realizando, aqui, no Solo Sagrado, a cerimônia do Hatsuike, que abre oficialmente as atividades anuais da Ikebana Sanguetsu.

Como sabemos, este Solo Sagrado é o principal assento de Deus e Meishu-Sama em nosso país, ele é o nosso principal Taka Ama hara.

A cerimônia de hoje encerra um profundo significado em nossas atividades, pois unidos pelo mesmo ideal de construir o Paraíso Terrestre, estamos reafirmando nosso compromisso de fortalecer cada vez mais o trabalho de salvação por meio do Belo, que é uma coluna fundamental da Obra Divina.

Há pouco, quando elevamos nossas orações, roguei a Deus e a Meishu-Sama que iluminem e guiem com Sua Luz o coração e o caminho de todos que, hoje, estão assumindo uma nova missão como instrutores da Ikebana Sanguetsu.

Agradeço profundamente aos senhores a dedicação sincera e o grande empenho para se qualificarem, cada vez mais, para servirem à Obra de Deus e Meishu-Sama. Parabéns!

A peregrinação ao Solo Sagrado significa ser convocado por Meishu-Sama para receber dele uma nova missão.

Hoje, perante Deus e Meishu-Sama, 488 instrutores da Ikebana Sanguetsu receberão o certificado de qualificação, sendo 89 titulares, 136 adjuntos e 263 assistentes.

Então, as senhoras e os senhores estão preparados para a nova missão? As senhoras e os senhores receberam de Deus e Meishu-Sama a sagrada missão de conduzir o maior número de pessoas ao caminho da
felicidade por intermédio da flor e do Belo.

Meishu-Sama nos ensinou que o mal não gosta das flores e que, por meio delas, nós podemos transmitir às pessoas a Luz de Deus, não foi? Entretanto, para que possamos ter a permissão de transmitir essa Luz, precisamos constantemente purificar nosso espírito e elevar nosso caráter.

Nesse sentido, é fundamental que o instrutor de Ikebana Sanguetsu se mantenha firme nas práticas básicas da fé messiânica: a ministração do Johrei, a leitura dos ensinamentos, a participação nos cultos e o servir sincero à Obra Divina.

Assim, desejo que professores e ministros, juntos, se empenhem para colocar em prática a diretriz para o ano messiânico do servir. Vamos relembrá-la?

"Alicerçados nos sublimes Ensinamentos e nas atitudes de Meishu-Sama, vamos edificar uma fé sólida e altruísta.
O servir sincero dedicado à salvação da humanidade e à construção do Paraíso Terrestre é a nossa missão."

Eu acredito que, alicerçados nos ensinamentos e nas atitudes de Meishu-Sama, as senhoras e os senhores conduzirão, por intermédio das flores, cada um de seus alunos ao estado de espírito de Meishu-Sama expresso no poema:

"A beleza da flor,
Quando a fixo compenetrado,
Volto a sentir quão profundas são
As bênçãos de Deus."

Desejo que, imbuído da emoção e da gratidão de sentir as bênçãos de Deus pelo contato com a flor, cada aluno da Ikebana Sanguetsu se torne um verdadeiro artista que vivifica flores que transmitem Luz, pois é a Luz que transforma o indivíduo, a sociedade e o mundo.

Com esse espírito, gostaria que as senhoras e os senhores se empenhassem o máximo possível na formação de novos professores e novos artistas para que onde haja pessoas haja a flor de Meishu-Sama.

Lembremos sempre o ensinamento de Meishu-Sama: "Enobrecer os sentimentos do homem e enriquecer-lhe a vida, proporcionando-lhe alegria e sentido, é a missão da arte." Esta também é a missão da Ikebana Sanguetsu.

Muito obrigado e boa missão a todos.

Palavras da coordenadora nacional do Sanguetsu

Segundo a coordenadora nacional da Ikebana Sanguetsu, Maria de Lourdes de Oliveira Francisco, a cerimônia lhe proporcionou emoções intensas: "O motivo é que, desde o período de preparação até o dia do evento, me coloquei à disposição de Meishu-Sama e pedi para que eu fosse seu instrumento para que tudo ocorresse exatamente de acordo com o seu desejo."

Feito isso, ela conta que partiu para concluir cada etapa da organização da cerimônia. Até chegar o dia do evento, tudo fluiu na mais perfeita harmonia, desde a escolha do vaso, dos troncos, dos galhos e das flores, até o momento da ornamentação do arranjo. Em tempo real, em meio aos convidados, cada componente se encaixava perfeitamente, dando um aspecto de harmonia surpreendente, sem a necessidade de qualquer aparato de fixação, o que seria compreensível devido ao tamanho da vivificação.

A professora Marilú, como é carinhosamente chamada, relata que procurou trabalhar a beleza dos frutos, no caso, o caqui, representando a prosperidade do alimento e seu frescor. No Oriente, no período do outono, o fruto é muito utilizado em arranjos por já se encontrar maduro e no tom alaranjado. Segundo ela, na ocasião, os caquis utilizados, embora ainda verdes, combinaram perfeitamente com o período do verão, no Brasil, onde o fruto ainda está por amadurecer.

Ao final, segundo a professora, quando a ikebana foi desfeita, muitos dos presentes pediram para si parte do arranjo, como galhos e flores, entre outros: "Todos levaram um pouquinho"... Uma senhorinha insistiu em ganhar um caqui, não desejando outra coisa, apenas a fruta, mesmo verde, por conta de seu encantamento em ver um arranjo que teve frutas em sua composição.

A coordenadora acredita que a "preparação", colocando Meishu-Sama na condução de tudo, foi o que resultou na perfeição do resultado, pois até mesmo as pessoas envolvidas em cada etapa, sobretudo, as que muito ajudaram, pareciam ter sido escolhidas "a dedo" por Meishu-Sama. Muito agradecida a todos que fizeram desta cerimônia um momento inesquecível, finalizou: "É tanta gratidão que parece que me sinto até anestesiada em meio a tanto carinho e intensa emoção. Este momento foi único."

Alguns professores expressaram a emoção do momento:

"Sinto, ao receber o grau de professora titular, uma emoção inigualável, como nunca senti; uma responsabilidade espiritual muito grande e pretendo levar a flor da salvação – flor de Meishu-Sama –, ao maior número possível de pessoas para fazê-las felizes." Maria do Socorro Rodrigues, ligada à Igreja São Luís (MA).

Sobre a convicção de que a flor salva, a nova professora assistente ligada à Igreja Pinheiros (SP), Andrea de Castro Ribeiro, garantiu: "Isso é muito forte no meu coração. É essa esperança que quero passar às pessoas; e é o que quero praticar. Sinto a responsabilidade da minha missão daqui para frente em formar indivíduos que se sintam felizes dentro da sociedade."

A diplomação de novos instrutores fez reviver muitas trajetórias vividas no Sanguetsu

Em posse dos certificados – que eram exibidos com sorrisos e um brilho nos olhos – muitos professores foram tomados pela emoção de suas memórias.

"Foi uma trajetória de muito aprimoramento, dedicação, entrega e amor para com os alunos, colegas e de gratidão pela Fundação Mokiti Okada", comentou a professora adjunto Neuza Itsuko, da Igreja Taubaté (SP).

"A caminhada até o grau de assistente foi longa. Sinto muita emoção, pois dedicar nesta obra maravilhosa de Meishu-Sama, tendo a flor como ferramenta, é maravilhoso. No período de avaliação, muitos desafios foram superados e, agora, nesta nova etapa, sinto certa ansiedade de servir a Meishu-Sama de uma forma melhor", ressaltou a professora Miriam Minori, ligada à Igreja Tatuapé (SP).

Já a professora adjunta, Kátia de Amorim Sá, da Igreja Piedade, no Rio de Janeiro, comentou a importância de poder servir em prol da sociedade por meio do novo grau sacerdotal. "Foi maravilhoso receber esta nova titulação e espero ser mais útil nesta nova missão em levar a flor para mudar sentimentos. Principalmente no Rio de Janeiro, neste momento de violência e sentimentos em desacordo com o que Deus espera de nós."