Data: 20/02/2020
Por: Aline Zille
Editoria: Notícias
A pesquisa Empresas Humanizadas divulgou um estudo com 22 companhias com base em três critérios: geração de valor financeiro, sustentabilidade e bem-estar social.
Idealizada por pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que analisaram, durante dois anos, 1.115 companhias, a pesquisa considerou 900 mil avaliações de consumidores, colaboradores e acionistas.
O material revelou que as Empresas Humanizadas chegam a ter rentabilidade duas ou mais vezes superior à média das 500 maiores empresas do País. As empresas também alcançam uma satisfação 240% superior junto aos clientes, além de 225% mais bem-estar entre os colaboradores.
A espiritualidade como ferramenta de gestão
Os estudiosos acreditam que exista dificuldade da parte dos líderes em perceber a necessidade de se adequar a essa tendência. Há alertas: se as organizações quiserem expandir, precisarão promover transformações que não se referem à estrutura, mas aos valores humanos, do coração e da alma.
Ao avaliar as organizações em que cada vez mais colaboradores se encontram com as mais diversas síndromes provocadas pelo cotidiano das empresas, nota-se que a tristeza surge do fato de não se ter esperança. Vem daí a sensação de derrota.
Para os messiânicos, entender esse processo purificador é fundamental. O momento é de transformação íntima das emoções, da maneira de pensar, sentir e agir para todos. Por essa razão, na Sede Central da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, existe a busca pela prática da espiritualidade e harmonia no trabalho.
Com um quadro de funcionários formado em maioria por messiânicos, o gestor da Divisão de Recursos Humanos alerta que a responsabilidade daqueles que se imaginam espiritualizados é maior. Para ele, a espiritualidade não pode ser uma ação mecânica. "Temos colaboradores que, antes de ser integrados, não eram membros; aderiram à filosofia em função do exemplo diário e prático dos colegas messiânicos", afirma o reverendo Luis Barbosa Amorim.
Autoanálise e proatividade cabem aos gestores e aos colaboradores
"Gestores e colaboradores precisam alcançar uma visão ampla. É preciso ter fé para transformar realidades", orienta.
Dentro do processo evolutivo, é necessário reavaliar condutas; caso contrário, o ser humano tende a estagnar. "O materialismo e o egoísmo levam o homem a crer apenas naquilo que vê, tornando-se refém da lamúria e da situação que vive", completa o gestor.
Sabendo que o que difere o altruísta do materialista é a prática efetiva de transformação de uma realidade, ele ressalta: "O pragmatismo religioso é o tempero do ambiente. Impregna a atmosfera com a essência correta."
Assim sendo, o que se deseja é que, objetivando a evolução espiritual e material, bem como a realização profissional, por meio de práticas virtuosas surja a excelência. É preciso começar para conseguir realizar.
Fica a dica
Para que isto ocorra é preciso ir além de metas e rotinas; vislumbrar o desenvolvimento humano e espiritual. Algumas dicas do gestor da IMMB são:
*Buscar mudar a si, por meio de atitudes;
*Ter atenção constante, tanto para com superiores quanto para com os colegas, e não faltar com sinceridade;
*Não se iludir ao achar que já domina todos os assuntos sobre a rotina ou local de trabalho.
"Espero que todos os profissionais encontrem crescimento na dificuldade. Compreendam que soluções materialistas não são soluções definitivas. Não sejam como bonsais; sejam árvores frondosas", diz o reverendo Amorim, que acredita que em um ambiente de maior estado de gratidão entre as pessoas a felicidade reina e isso é o que gera maior produtividade.