Data: 21/02/2022
Por: Ana Carolina Basile
Editoria: Notícias
A Secretaria da Horta Caseira reuniu coordenadores e auxiliares no Solo Sagrado de Guarapiranga, em São Paulo, em dois fins de semana de novembro.
Os dois grupos compuseram as turmas-piloto do curso "Imersão na Agricultura Natural", que será ministrado no próximo ano, em um novo formato.
A partir de uma orientação do presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil, reverendo Marco Antonio Baptista Resende, a equipe da Secretaria reformulou as aulas e elaborou um projeto mais pragmático.
O reverendo almeja institucionalizar nos lares dos membros a Agricultura Natural como Coluna de Salvação, a fim de que eles passem do momento de receber para o de oferecer e demonstrar na prática o que Meishu-Sama ensinou em seus Escritos Divinos, agregando, assim, o Johrei, a Agricultura Natural e o Belo.
O presidente acredita que a reestruturação do curso marcará um passo importante para o avanço da Obra Divina, principalmente para a fase atual que a humanidade vive.
Primeiro fim de semana
O primeiro encontro ocorreu nos dias 13, 14 e 15, e teve a participação total de 26 pessoas, entre organizadores, coordenadores e auxiliares.
O propósito de formar uma turma-piloto foi para entender a dinâmica das aulas - método pedagógico e recepção aos alunos - ajustar o calendário e organizar a programação.
Uma parte chegou ao Solo Sagrado na tarde do dia 12 (sexta-feira) para preparar os alojamentos do Sítio Boa Vista e receber os demais.
Foi feita dedicação de limpeza, organização da cozinha e verificação dos ingredientes para as refeições. À noite, os dedicantes prepararam o café da manhã que seria servido no dia seguinte, bem como fizeram os pães.
A Secretaria ainda adquiriu panelas, formas para pão, entre outros utensílios, para oferecer a melhor experiência a todos.
A primeira turma chegou no sábado (13) de manhã, fez oração no Templo e dirigiu-se ao alojamento para a primeira refeição.
"O início da imersão ocorreu logo no nosso primeiro café da manhã, em que os 19 integrantes estavam juntos, interagindo e conversando", destacou o gestor, ministro Carlos Daniel de Souza Rodrigues.
Na sequência, os participantes se dirigiram ao campo, onde ficaram por aproximadamente duas horas para o plantio de batata-doce.
O local será usado para testes, estudos e treinos pelos grupos do curso, e fica a cerca de 600 metros dos alojamentos.
Posteriormente, estudaram o Ensinamento "As três calamidades maiores e as três calamidades menores", baseando-se na nova proposta a ser implantada de introduzir uma discussão sobre o texto a ser estudado, fazendo correlações com outros escritos e fatos da sociedade.
De acordo com o gestor, os Escritos Divinos têm uma importante ligação com a Agricultura Natural, pois, por meio deles, Meishu-Sama ensina que o que mais geram máculas espirituais são os pensamentos, os sentimentos e as ações dos seres humanos.
"Foi uma discussão interessante porque precisamos assumir para nós mesmos nossa responsabilidade para com o acúmulo de máculas espirituais e impurezas. Entramos igualmente na pauta da reciclagem de produtos e matérias orgânicas como uma forma de expressar nossa gratidão a Deus", pontuou o ministro Daniel.
"Compreendendo o Ensinamento 'As três calamidades maiores e as três calamidades menores', entendemos que a culpa não é do agricultor. Existem diversos fatores que o forçam ou o forçaram a usar agrotóxicos. Ele se perdeu no caminho, e nossa missão como messiânicos é ajudá-lo a reviver o caminho inicial por meio da Agricultura Natural", explicou.
Na sequência, foram para o culto vesperal. Retornaram para o alojamento e prepararam o jantar. Das 21 às 22 horas, fizeram outro estudo de Ensinamento.
No domingo (14), a atividade no campo experimental envolveu uma conversa sobre as práticas da Agricultura Natural e a aplicação dos Ensinamentos de Meishu-Sama no dia a dia.
Abordaram o conceito de Agricultura Natural e como o estão praticando. O mais interessante, segundo o ministro Daniel, foram as trocas de ideias. Para ele, estes são os propósitos do projeto: aprofundar os assuntos sobre o método agrícola e colocar em pauta as experiências de cada um a respeito de como estão desenvolvendo a Coluna de Salvação em seus lares e Johrei Centers.
Naquele dia, eles prepararam o próprio almoço. Enquanto um grupo cozinhava, outro arrumava os quartos e os banheiros, limpava os alojamentos e lavava os panos usados.
A ideia com o projeto é fazer com que outras pessoas tenham uma vivência semelhante e participem das atividades domésticas com sentimento altruísta.
Nesse mesmo dia, após o almoço, tiveram uma aula de duas horas com o gestor da Secretaria de Agricultura Natural do Solo Sagrado de Guarapiranga, ministro Hiroshi Ota, que contou sua história com a prática dessa Coluna de Salvação, o que aprendeu no Japão como aprendiz do reverendíssimo Katsuiti Watanabe - pai do reverendíssimo Tetsuo Watanabe -, como começou a produzir ovos, entre outros assuntos.
Para encerrar os três dias de curso, na segunda-feira, dia 15, foram para o campo experimental, onde colocaram a cobertura nos locais em que haviam plantado batata-doce, deixando os canteiros prontos.
Segundo fim de semana
O segundo grupo foi composto por 16 pessoas e esteve no Solo Sagrado entre os dias 19 e 21 de novembro.
Na sexta-feira, dia 19, houve três aulas. A primeira foi de forma presencial, com o ministro Ota. A segunda realizou-se de forma virtual pelo aplicativo Microsoft Teams, com o gestor da Korin Agricultura e Meio Ambiente, ministro Sérgio Kenji Homma, e a gerente de produção, ministra Sakae Kinjo. A terceira, também on-line, foi com o ministro Paulo Oyama, diretamente de Portugal.
Ao apresentarem os trabalhos da Korin, o ministro Homma e a ministra Sakae abordaram o "Projeto Sementes".
"É interessante apresentá-los aos pioneiros da Agricultura Natural porque, por mais que já tenham ouvido palestras, há sempre algo novo para aprender, o que estimula a continuar dedicando", destacou o ministro Daniel.
A aula do ministro Paulo Oyama durou aproximadamente três horas.
Na manhã do sábado (20), foram para a estufa do Sítio Casa Grande fazer plantio de hortaliças.
Assim como fez o primeiro grupo, o segundo trocou diversas experiências. Para o gestor da Secretaria da Horta Caseira, foi um ponto bastante positivo. "Conversar e desenvolver as atividades é a verdadeira imersão. As tarefas que realizamos são apenas o eixo que permitem essa aproximação", completou.
Depois do almoço foram para o campo experimental, onde plantaram cinco tipos de hortaliças e cobriram com palhada. Limparam, ainda, uma parte do canteiro que continha tiriricas.
Mais sobre o curso
Para as turmas de 2022, o planejamento da Secretaria consiste em formar três grupos: um, cujos integrantes ficariam três dias no Solo Sagrado; outro, uma semana e, por último, quinze dias.
Nos encontros de três dias, a programação deverá seguir a mesma das turmas-piloto. Nos de uma semana, os interessados terão a oportunidade de semear, plantar, colher e acompanhar a cultura dos produtos. Já no de quinze dias, além dessas atividades, poderão fazer o cultivo de frutas, dedicar no SAF (Sistema Agroflorestal), na reciclagem, entre outros setores.
Quanto mais tempo no Solo Sagrado, mais será possível absorver as dedicações ligadas à Agricultura Natural.
"Os dois primeiros momentos de testes com a equipe foram promissores. Creio que alcançamos nosso objetivo, uma vez que os participantes captaram a essência da Agricultura Natural. Vimos que o formato de curso funciona e com certeza irá estimular muito aqueles que vierem", observou o ministro Daniel.
O intuito da Secretaria da Horta Caseira é contar com cinco pessoas da equipe, entre coordenadores, auxiliares e missionários, em cada turma que será aberta em 2022, para ter apoio durante o desenvolvimento das atividades.
Secretaria da Horta Caseira abre novas turmas-piloto em 2022 (Nota adicional)
Entre 20 e 22 de janeiro, 17 pessoas ligadas à equipe da Secretaria integraram o grupo três das turmas-piloto do curso.
Nos dias 18, 19 e 20 de fevereiro, foi a vez de 18 integrantes da quarta turma participar.
Assim como ocorreu em 2021, coordenadores, auxiliares, responsáveis de horta e alguns membros permaneceram por três dias no Sítio Boa Vista, no Solo Sagrado, com o objetivo de aprender mais sobre a Coluna de Salvação da Agricultura Natural.
Eles realizaram as atividades propostas como preparar as refeições: café da manhã, em que assaram os pães feitos na noite anterior; almoço e jantar; atividade no campo e aulas com pioneiros e mestres da Agricultura Natural.
O grupo de fevereiro foi o último piloto.
De acordo com a Secretaria, a partir de maio as inscrições serão abertas para membros e frequentadores que tiverem interesse em fazer o curso.