Data: 15/01/2022
Por: Ângela Maria Arrias de Souza e Gabriela Jaques de Lima (imagens)
Editoria: Notícias
No dia 10 de dezembro, o Johrei Center Juína, localizado no extremo noroeste do estado de Mato Grosso e distante 745 quilômetros da capital Cuiabá, recebeu o reverendo Marco Antonio Baptista Resende, presidente da Igreja Messiânica Mundial do Brasil.
Na ocasião do culto vesperal, as orações foram entoadas pelo ministro responsável, Odair José de Lima, e a locução, pela missionária, Dariane Schutz Domingues.
"Estou muito feliz. Juína segue sendo a 'terra dos diamantes', com muitos diamantes atuando na Obra Divina. Conforme o Ensinamento de hoje 'Não seja odiado', sábio é quem deseja e procura levar alegria, felicidade às pessoas esta é a verdadeira postura na fé messiânica. Assim, altruísmo também é sinônimo de sabedoria. Precisamos manter essa afirmação sempre em mente", explicou o presidente.
Aproximadamente 110 pessoas de cinco cidades estavam em sintonia para receber o reverendo Resende. "A partir do momento da confirmação da vinda do reverendo à cidade, nós nos mobilizamos intensamente em diversas dedicações: distribuímos pequenos arranjos de flores pelo bairro; fizemos mitamamigaki (dedicação de limpeza como polimento da alma) e convidamos a sociedade juinense para a solenidade. Foram momentos de muita emoção e gratidão, algo ímpar na fé messiânica em Juína", discorreu o ministro responsável.
Expansão consolidada no devotamento à Obra Divina e alicerçada nos Escritos Divinos
A primeira pioneira a relatar sua experiência de fé foi a missionária Maria da Silva Machado. Conhecida como "Dona Penha", ela foi outorgada em novembro de 1992, em Vilhena, Rondônia, pois em Juína ainda não havia unidade. "Antes de conhecer a Igreja, tive um sonho com minha avó, que já se encontrava no Mundo Espiritual. Ela disse que iria mostrar-me o retrato de um santo. Esse retrato era a foto de Meishu-Sama no Altar. Em 1991, conheci a Igreja por meio de duas professoras de ikebana: Benedita Arlete Ventura e Adejaíra Leite da Silva [hoje ministra], que vieram ministrar cursos em Juína, e passei a frequentar as reuniões de Johrei", contou.
O primeiro milagre na família de Dona Penha foi o nascimento da neta. "A minha filha mais velha, durante a gestação, contraiu malária e nos deparamos com uma encruzilhada: se ela tomasse a medicação, poderia correr risco de abortar; se não, morreriam a mãe e o bebê. Com a ministração diária de uma hora de Johrei, tudo transcorreu bem. Minha neta nasceu saudável, e minha filha não teve mais malária. Ao longo de minha vida, superei várias purificações de saúde somente com o Johrei. Estou sempre de mãos dadas com Meishu-Sama", pontuou.
Outra relatante foi a missionária Sebastiana Rosa de Lima, de 70 anos, membro há vinte e sete anos. Recebeu o primeiro Johrei, encaminhada pela prima Maria Domingues, em maio de 1994. "Meu filho mais velho, na época com 20 anos, sofria, desde os 12 anos, com intensas crises de bronquite asmática. Tomava cinco tipos de medicamentos e foi alertado pelo médico que, devido ao uso destes medicamentos, o coração estava dilatado e dificilmente ele chegaria à idade de 30 anos. Durante um mês, com 45 minutos de Johrei diários, minha prima foi orientada a acompanhar meu filho, que, espontaneamente, decidiu interromper a medicação e ficar firme com o Johrei. As toxinas foram totalmente eliminadas por meio de diarreia, secreções nasais e crises intensas de falta de ar", relembrou.
Essa melhora fez com que a convicção do Johrei aumentasse. "Daí, passamos a convidar as pessoas para participar das reuniões de Johrei", observou. Hoje, a família Lima conta com três gerações bastante atuantes na fé messiânica, entre ministros, missionários e professoras de ikebana, que dedicam em diversos setores.
As reuniões de Johrei anteriormente mencionadas ocorriam na residência de Lúcia Maria Teodoro, atualmente ministra assistente. "O primeiro contato com o Johrei foi amor à primeira vista. Após quinze dias, recebi o Ohikari. Naquela época, já havia adquirido os cinco volumes do Alicerce do Paraíso e outras publicações da IMMB, que passaram a ser os pilares da difusão em Juína, dadas as dificuldades de comunicação na região", explicou.
Desde a chegada da Igreja em Juína, as reuniões foram realizadas também na residência da missionária Deolinda Durigan. Com a deficiência e fragilidades, o ponto de referência mais próximo era a unidade localizada em Vilhena (RO), distante 350km de Juína e, na época, acessível apenas por estrada de terra, sendo o percurso feito diversas vezes por motocicleta. Mesmo assim, os membros juinenses estavam determinados para participar dos cultos mensais e aulas de Ikebana Sanguetsu.
Um novo marco foi a entronização do Altar do Lar na residência de Lúcia Maria Teodoro, em 1993. "Mais de 200 pessoas estavam presentes no quintal de minha casa, tanto para agradecer quanto para receber e saber mais sobre o Johrei", lembrou. Na ocasião, foram outorgadas 38 pessoas e, no ano seguinte, 91 pessoas tiveram a permissão de ingressar na fé messiânica", contou.
Na época, o ponto culminante da difusão foi o desejo e o empenho dos membros de terem um imóvel próprio para a Igreja. Assim, em praticamente seis meses, foi adquirido o terreno e construída a sede, a qual foi inaugurada em dezembro de 1997, consolidando-se como polo de grande expansão em Mato Grosso.