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IMMB participa de cerimônia religiosa no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (RJ)

IMMB participa de cerimônia religiosa no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (RJ)

Data: 27/12/2023
Por: Flávia Rosella
Editoria: Notícias

Na manhã do dia 5 de dezembro, um grupo de 12 pessoas, entre ministros e missionários das unidades ligadas à Igreja Copacabana (RJ), oficiou uma cerimônia religiosa no Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN).

Pretos Novos foi o nome dado aos cativos recém-chegados da África e desembarcados no Rio de Janeiro, em meados do século XIX, em uma área da cidade chamada, então, de Pequena África. Nesse local, que hoje fica a zona portuária da Gamboa, na Zona Central da cidade, ficava, na época, o mercado de venda dos negros cativos.

O Instituto foi criado em 2005, com a missão de pesquisar, estudar, investigar e preservar o patrimônio material arqueológico e imaterial africano para valorizar a memória e a identidade cultural afro-brasileira para conhecimento e reflexão sobre a escravidão e suas sequelas.

No local estão depositados os restos mortais do período mais intenso do tráfico de cativos africanos para o Brasil, além de artefatos e vestígios da tribo indígena Tupinambá. Na ocasião, ambas as culturas receberam homenagens e orações.

Após ouvirem histórias marcantes contadas pelo guia local, os ministros procederam ao ofício religioso, acompanhados por doutorandos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Direito e Racismo, e pelas crianças da Rede Municipal de Ensino.

Durante a cerimônia, o responsável pela Igreja Copacabana, ministro Edelton Lopes dos Santos falou sobre a importância do respeito e do culto em intenção das nossas raízes ancestrais e sobre a influência das orações e de ações altruístas no Mundo Espiritual.

Para a ocasião, 300 miniarranjos florais foram confeccionados pelas equipes das seis unidades religiosas ligadas à Igreja Copacabana para serem distribuídos ao público presente e, parte, para serem deixadas no local.

Em seguida, o grupo se dirigiu ao Cais do Valongo, local de desembarque dos africanos escravizados, para orações e distribuição de mais miniarranjos florais.

Para os visitantes, esta foi uma dedicação de grande importância em que foi possível orar e agradecer às origens africanas que tanto contribuíram na formação da sociedade brasileira, visando torná-la mais paradisíaca onde prevaleça a paz, a felicidade, o bem e o respeito às diferenças.