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Uma religião que faz pensar além do que se vê

Uma religião que faz pensar além do que se vê

Data: 11/02/2019
Por: Aline Zille
Editoria: Notícias

Sob o conceito da sustentabilidade, que engloba a possibilidade de crescimento econômico e provimento das necessidades humanas básicas minimizando a depredação ambiental, o Solo Sagrado de Guarapiranga serve de inspiração para aqueles que desejam melhor utilizar as criações e os elementos da Natureza. Ao mesmo tempo, a Secretaria de Horta Caseira desenvolve um projeto para que os Johrei Centers também se tornem modelo de sustentabilidade.

Reconhecendo a importância da sustentabilidade, a Igreja Messiânica Mundial do Brasil e suas coligadas atuam para que o Solo Sagrado de Guarapiranga contribua como modelo de práticas de reutilização de materiais e de matérias-primas.

No local, há coleta seletiva, triagem e venda de resíduos. Da mesma forma, existe um protótipo de construção sustentável, que conta com coleta especial, tratamento de esgoto com reaproveitamento de água, energia fotovoltaica, aproveitamento de energia solar para aquecimento de água e energia eólica. No mesmo alojamento, a água pluvial é reaproveitada e o uso de madeira com certificação florestal, bem como de tubulação feita de PET reciclado, é uma constante.

O Solo Sagrado utiliza piso intertravado e destina de forma adequada os resíduos como: óleo lubrificante, lâmpadas fluorescentes, baterias e pilhas. O ideal é que cada vez mais pessoas utilizem o conceito dos três R. Ou seja: reduzir o consumo, caso não seja possível tal redução; reutilizar o item e quando não for mais possível a reutilização, reciclar o material.

Sabendo que a sustentabilidade anda de mãos dadas com o consumo consciente, entende-se que a diminuição do consumo de matérias-primas, basicamente, reduz os desafios da destinação dos resíduos. Por essa razão, em parceria com moradores do bairro Residencial Palmeiras, o Solo Sagrado recolhe o material e verifica novas formas de aproveitamento. A economia, por meio do sistema de reutilização no alojamento da colina, no galpão de reciclagem e na oficina mecânica, já demonstra a contribuição do Solo Sagrado para com o meio ambiente.

A IMMB e suas coligadas também respondem por projetos de preservação e cuidados ambientais da represa de Guarapiranga.

Secretaria da Horta Caseira incentiva Johrei Centers a ser modelos do Mundo Ideal
Além do Solo Sagrado, a IMMB, por intermédio da Secretaria da Horta Caseira, vem desenvolvendo a sustentabilidade como uma ação que ensina a gratidão a Deus com as práticas de respeito à Natureza.

A ideia do gestor da Secretaria, ministro Carlos Daniel de Souza Rodrigues, é que os membros convertam os Ensinamentos sobre os cuidados com o meio ambiente em práticas domésticas e, assim, transformem a sociedade atual. "São as ações cotidianas dos messiânicos que vão nos levar ao Mundo Ideal", frisou o ministro.
O projeto também desconstrói a crença de que a separação dos resíduos, bem como sua reciclagem e compostagem demandam tempo e espaço. No entanto, ele aponta um desafio: tal exercício deve ser uma constante até se tornar, naturalmente, um hábito. "É preciso praticar por, no mínimo, seis meses e persistir nos desafios, sem achar que logo no segundo mês já vai ficar mais fácil, pois não fica", alertou Carlos Daniel.

Desde as primeiras orientações, a Secretaria da Horta Caseira já soma algumas experiências com as práticas realizadas.

Em São Luís, no Maranhão, a mudança dos membros mudou até a prefeitura em relação à coleta seletiva. "Quando mais pessoas se envolveram e compraram a ideia de praticar em suas casas, o que parecia impossível aconteceu. Antes, a conscientização sobre esse tema era mínima; hoje existem oito ecopontos* de coleta surgidos a partir da mudança no pensamento e na prática do Johrei Center", contou o ministro Carlos Daniel.

No Rio de Janeiro, o projeto já foi implementado no Johrei Center Botucatu, onde a água da chuva é recolhida para a rega de mudas e plantas, bem como para limpeza do piso. Na unidade, os dedicantes aprendem muito com a técnica da compostagem. "Eles verificaram que essa técnica não necessariamente aumenta o volume de terra; basta reutilizar a própria terra gerada para novas compostagens", explicou o gestor da Secretaria da Horta Caseira.

Segundo o ministro Paulo Cesar Braga Meira, responsável pelo Johrei Center, que estuda a efetivação de um projeto para energia solar, a inspiração para enfrentar os desafios das mudanças de hábitos é a conscientização de que é preciso tornar-se um modelo. "Estamos fazendo o circuito ecológico", contou.

O circuito é um projeto para visitas de escolas e membros em geral e visa despertar o ser humano para o urgente cuidado da Natureza. O programa já rendeu parcerias com a Faculdade Castelo Branco e com o Colégio Militar do Rio de Janeiro. "No circuito também falamos sobre a importância da preservação do solo baseados nos conceitos da Agricultura Natural, mostrando o preparo e o manuseio dentro dos conceitos de Mokiti Okada", completou.

Na unidade religiosa é feita, ainda, a coleta de óleo de cozinha, que já ganhou o apoio dos vizinhos, que levam o óleo a ser repassado para uma empresa que devolve o material em sabão. Lá é igualmente feita a separação de resíduos, mesmo não havendo, ainda, a coleta seletiva no bairro. Na unidade, uma colmeia de abelhas Jataí possibilita uma série de reflexões sobre a importância da vida.