Data: 05/08/2019
Por: Marta Paes
Editoria: Notícias
"Se eu mudar, tudo muda" foi o tema da palestra proferida pelo reverendo Marco Antonio Franco Rocha, dia 27 de julho, na igreja Jacarepaguá. Durante a explanação, o diretor das regiões RJ - 1 e 2 falou sobre reencarnação, máculas espirituais, purificação e de como o pensamento e as atitudes de cada pessoa refletem em sua felicidade ou infelicidade. Ao todo, 436 pessoas estiveram no local no dia da realização da palestra, que foi antecedida por duas horas especialmente voltadas para a prática do Johrei.
Citando Ensinamentos de Meishu-Sama sobre reencarnação e camadas do Mundo Espiritual, o dirigente explicou que, mesmo não conhecendo os desígnios de Deus, os homens estão submetidos à Lei Divina, e que a felicidade e a infelicidade estão relacionadas ao nível espiritual em que cada um se encontra, ou seja, ao Yukon. "Não somos frutos só dessa vida", ressaltou o sacerdote, lembrando que existe um DNA espiritual, um registro de tudo o que fomos e fizemos em outras encarnações, e felicidade e infelicidade não são mero acaso.
Algo muito comum, disse ele, é pensar em si mesmo como vítima. Mas é importante lembrar da Lei do Retorno. "Quando alguém nos faz algum mal, devemos orar e pedir perdão a Deus a ao espírito da pessoa pelas nossas máculas que levaram a isso", lembrou, dizendo que isso não significa que a pessoa ficará impune. Existe a justiça de Deus e a justiça dos homens. O que não deve existir é a justiça feita pelas próprias mãos.
Em vez de ser motivo para apatia, a consciência da ação de causa e efeito regida pelo plano espiritual deve ser um incentivo para melhorar. Ao reencarnar, tem-se a oportunidade de resgatar as próprias dívidas e ajudar os antepassados. Para ilustrar a força do elo que liga cada pessoa aos seus antepassados, o reverendo Marco Rocha usou uma corda e a estendeu aos membros que estavam na nave.
"Estou na ponta segurando todo mundo. Estar reencarnado significa que você está na ponta para ajudar a todos que estão sem corpo material. São milhares de espíritos. Tudo o que eu fizer refletirá neles, mas a condição espiritual de cada um também reflete aqui. Isso vai fazer com que possa purificá-los, mas também pode fazer que reencarne espírito em estado de sofrimento. Olha a responsabilidade!", alertou.
Ele ainda chamou a atenção para a forma como as pessoas rezam. Não adianta querer mudar o outro. É importante orar pedindo a Deus e a Meishu-Sama compreensão para mudar a si mesmo.
Citou vários exemplos e até experiências pessoais para mostrar o valor do aprendizado e da prática da fé. Em certa ocasião, contou ele, perdeu o controle por conta de uma provocação no trânsito, e foi salvo pela esposa, que o lembrou de sua condição de reverendo; e também compartilhou com os presentes a transformação em sua vida após mudar o sentimento que tinha pelo pai.
"Eu não gostava do meu pai. Mas um ministro me disse 'cada pai tem o filho que merece e cada filho tem um pai que merece; procura ver o que ele tem de bom, tente encontrar qualidade nele; se não conseguir, agradeça assim mesmo', e comecei a estudar a vida dele. Foi uma criança criada em orfanato, não recebeu amor, mas me deu uma família. Depois ele se tornou o meu maior amigo", recordou.
Sempre reforçando o poder da oração, o reverendo também abordou na palestra o evento "Rio de Luz", que será realizado em 24 de agosto, uma oportunidade de todos rezarem pelo fortalecimento espiritual do Rio de Janeiro.
Para encerrar o encontro, pediu a todos que se levantassem, fechassem os olhos e pensassem em alguém de quem não gostassem.
Com música suave ao fundo, falou sobre como os corações se afastam na hora das brigas e da importância de pedir perdão e perdoar.